O drama do jogador brasileiro Alex dos Santos Gonçalves, que está retido desde outubro na Indonésia sem permissão para deixar o país, pode se estender sem uma solução neste fim de ano. Com passagem pelo Grêmio e Internacional, Alex teve o passaporte apreendido depois de denunciar à Fifa o clube pelo qual jogava, o Persikabo, ao ter 75% do salário cortado por causa da pandemia, sem nenhuma negociação prévia.
O comunicado da polícia sobre a retenção do passaporte vence no próximo dia 27, mas pode ser prorrogado por mais 20 dias. Procurado pelo R7, o Itamaraty informou que “acompanha o caso desde outubro passado e tem prestado toda a assistência cabível” ao jogador, mas não detalhou que ações foram adotadas para tentar a liberação de Alex.
Em uma nota lacônica, o Itamaraty alega que, “em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012”, só pode dar informações detalhadas sobre o caso com a autorização das partes.
Em entrevistas a veículos de comunicação, a mulher do jogador, Priscila Gonçalves, diz não ter informações das autoridades do país sobre a situação do marido e afirma que o governo brasileiro tem feito pouco em relação ao caso. Segundo ela, o presidente Jair Bolsonaro teria dito na semana passada que a embaixada brasileira no país asiático buscava junto às autoridades indonésias uma solução para o caso, mas nada mudou desde então.