O ex-chefe da Casa Civil no primeiro governo Lula José Dirceu deixou a UTI e anda com ajuda de fisioterapia. A informação foi divulgada pelo filho dele, deputado Zeca Dirceu (PT-PR). O ex-ministro está internado em um hospital particular de Brasília após ter passado por uma cirurgia na cabeça na quinta-feira (23).
Segundo Zeca Dirceu, os médicos retiraram o dreno da cabeça de José Dirceu e ele deixou a UTI, mas continua em observação.
No domingo (26), o ex-ministro divulgou uma nota em que afirma que deve ser liberado na segunda-feira (27). "Com alegria informo que já saí da UTI e até amanhã dia 27/02, de acordo com a equipe médica, deverei ter alta. Após, ficarei em casa em Brasília por um período de recuperação de cerca de 15 dias, sem atividades externas. Agradeço a todos e todas a presença amiga e solidária sempre."
"Nos últimos dias do feriado de Carnaval fui acometido por insistente dor de cabeça, o que me fez procurar ajuda médica na manhã de quinta-feira, dia 23/02. Após exames, a competente equipe médica dos Doutores Ludhmila Hajjar, Fabrício Silva, Bernandro Barbosa, Allisson Barcelos Borges e Guilherme Villa, do Hospital DF Star, constatou a necessidade de um procedimento neurocirúrgico para drenagem de um pequeno hematoma subdural, o qual foi realizado no mesmo dia com sucesso", contou Dirceu.
Na quinta-feira (23), Zeca Dirceu informou nas redes sociais que o pai "foi diagnosticado com quadro de hematoma subdural, submetido a procedimento neurocirúrgico para drenagem. Os médicos já tinham diagnóstico havia algumas semanas".
Em um vídeo publicado nas redes sociais (veja abaixo), o parlamentar afirma que o dia foi "um pouco tenso" e que o pai "estava com um pequeno coágulo de sangue na caixa craniana". E acrescenta: "Ele já está se recuperando. Vai ficar, por precaução, em uma UTI".
"A cirurgia foi um sucesso. Era um caso simples, e ele já está se recuperando muito bem. Todos coloquem ele nas suas orações para que ele se recupere rápido e a gente possa estar juntos", diz Zeca Dirceu na gravação.
Condenado na Lava Jato
José Dirceu comandou a Casa Civil durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e foi considerado culpado de ter recebido R$ 2,1 milhões em propina proveniente de contratos na Petrobras entre 2009 e 2012.
A prisão foi decretada pela Quarta Seção do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em maio de 2019. Na ocasião, ao negar o recurso da reversão da segunda condenação na operação Lava Jato, a corte determinou o imediato cumprimento da pena de oito anos e dez meses pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Redução da pena
No último dia 14, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu, por maioria de votos, a redução da pena de José Dirceu. A condenação passou dos oito anos e dez meses para quatro anos e sete meses de reclusão em regime semiaberto.