Morador de Brasília cria grupo no Facebook de apoio a pessoas com HIV
Página fechada ajuda soropositivos e tem mais de 500 participantes
Brasília|Do R7
Com o objetivo de ajudar portadores de HIV e amigos de pessoas que têm o vírus, um publicitário de Brasília criou um grupo de apoio no Facebook nomeado de "ZeroDiscrimiNation". Quem participa do grupo fechado, que tem mais de 500 pessoas, compartilha experiências e dúvidas sobre o vírus e a Aids. A ideia do grupo de apoio surgiu há um ano, segundo o publicitário e criador do espaço, João Geraldo Neto.
— O grupo foi criado para pessoas leigas que não sabem muito sobre o vírus, ainda. São perguntas e diversas histórias de superação dos participantes.
Uma das pessoas que participa do grupo é Jorge (nome fictício). Ele foi diagnosticado com vírus em abril deste ano e descobriu o grupo ao pesquisar sobre o assunto na internet. Um amigo virtual o incluiu na página.
— O grupo do Facebook me ajudou a aprender mais e ver que se nos cuidarmos não teremos tantos danos à saúde.
As conversas no grupo acabam servindo como um escape, um lugar seguro para quem não se sente à vontade para conversar com a família por exemplo, como é o caso de Jorge. Ele conta que já ouviu conversas com dose de “ignorância” entre familiares e, por isso diz que é “melhor guardar isso pra mim e viver assim”.
Unidade Mista de Saúde da Asa Sul, em Brasília, atende 2,5 mil pacientes com Aids
O criador do grupo conta que, além do compartilhamento de vivências de quem tem o vírus HIV, há também esclarecimentos feitos por quem trabalha na área de saúde.
— Lá [no grupo] existem alguns profissionais voluntários que ajudam as pessoas quando elas tem alguma duvida , sobre a doença e a medicação.
Cheio de dúvidas após se descobrir soropositivo, Renato (nome fictício) descobriu no grupo um lugar para se esclarecer mais.
— A aflição tomou conta de mim e cheguei a achar que tudo acabaria para mim. Não entendia sobre a medicação. O grupo me recebeu de braços abertos e me deu forças para começar a tomar os remédios.
Diagnosticada com o vírus em 2013, Sônia (nome fictício) descobriu o grupo de apoio por meio de uma amiga soropositiva e é uma das entusiastas da ação. Para ela, um dos trunfos são os textos informativos que são compartilhados que estimulam a “pensar sobre o assunto”.