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Para não deixar alunos sem aula, professora volta à escola depois de aposentada

Marleide Ferreira aposentou no dia 6 de maio e voltou a trabalhar de graça por falta de substituto

Brasília|Do R7

Professora voltou às salas de aula depois de duas semanas aposentada
Professora voltou às salas de aula depois de duas semanas aposentada Professora voltou às salas de aula depois de duas semanas aposentada

A professora da rede pública de ensino do Distrito Federal, Marleide Ferreira, voltou para a sala de aula, nesta segunda-feira (2), depois de três semanas aposentada.

No dia 6 de maio, a mulher, de 58 anos, encerrou as atividades na Escola Classe 56 de Taguatinga, mas os alunos do primeiro ano do ensino básico, crianças entre sete e oito anos, ficaram sem aula por falta de um professor substituto.

Diante do problema, a escola enviou um recado aos pais dos alunos informando a falta de professor. O pai de um estudante, Lindonildon de Souza, conta que o filho passou uma semana em casa.

—Eu fiquei chocado porque ele ficou mais de uma semana em casa e depois que eu vi no recado que mandaram que ele estava sem professor porque a professora havia aposentado.

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Duas semanas depois da aposentadoria, a professora fez uma visita à escola e descobriu que os alunos estavam sem aula. Marleide resolveu retomar as atividades e trabalhar de graça.

— O que meu deu foi dó de ver essas crianças sendo prejudicadas sem ter nada a ver com isso porque a alfabetização, quando tem uma quebra, o prejuízo é grande para as crianças.

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Na ausência de um docente, a escola não desenvolveu o conteúdo. A Secretaria de Educação colocou uma coordenadora para ministrar as tarefas, mas a substituição improvisada prejudicou as aulas, que, normalmente, entravam às 7h15 e terminam 12h15. Com a falta de professor, os pequenos estudantes participavam de brincadeiras e assistiam filme tinham aula até 10h.

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A professora teve a aposentadoria marcada para o dia 3 de maio, mas deixou a escola no dia 6 à espera de um substituto que seria enviado pela Secretaria de Educação. Mesmo com a prorrogação, o professor não chegou à escola.

— Espero que alguém mande professor para me substituir porque eu não vou ficar aqui até o final do ano. Revoltados, os pais dos alunos procuraram a Regional de Ensino de Taguatinga para cobrar uma solução.

A secretaria de educação disse que orientou a escola a fazer o revezamento de 4 coordenadores para ministrar as aulas enquanto um substituto não é enviado à escola.

O subsecretário de Gestão dos Profissionais da Educação, José Eudes Costa, disse que a secretaria de educação vai homologar o concurso realizado em dezembro para solucionar a carência de profissionais.

— Nos próximos dias nós estaremos concluindo todos os detalhes acerca doo concurso para que haja homologação. Nós estamos, também, fechando o número de carências para que não haja [carência] no próximo semestre.

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