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Procura por testes de Covid-19 sobe 114% em uma semana no DF

Número de testagens saltou e 8.392 para 18.003, de acordo com levantamento da Secretaria de Saúde divulgado nessa terça (14)

Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília

Na UBS 6, de Taguatinga, são distribuídas cerca de 20 senhas por turno
Na UBS 6, de Taguatinga, são distribuídas cerca de 20 senhas por turno Na UBS 6, de Taguatinga, são distribuídas cerca de 20 senhas por turno

Em uma semana, a procura por testes de Covid-19 na rede pública do Distrito Federal disparou 114%. O levantamento foi apresentado pela Secretaria de Saúde nessa terça-feira (14). Entre 30 de maio e 4 de junho foram realizados 18.003 testes, frente aos 8.392 procedimentos da semana anterior.

Um dos postos de referência, que atende a população de todos os endereços, é a UBS 1, na 612 Sul. Por lá, 400 senhas são distribuídas por dia. O outro ponto de testagem é na Rodoviária do Plano Piloto. Os demais postos de saúde atendem os pacientes conforme o endereço de residência.

Na UBS 6, de Taguatinga, por exemplo, são distribuídas cerca de 20 senhas por turno. Com sintomas gripais, o psicólogo Yuri Sebastian, 31, procurou a unidade de saúde na manhã dessa terça, mas não conseguiu fazer o teste.

Fila para testes

"É um absurdo, porque eles não avisaram que teria um número contado de testes, além de que colocam o pessoal de Águas Claras para apenas irem na UBS 6, ou seja, eu não posso ir em outra UBS", afirmou Sebastian, frustrado. "A moça disse que caso chegassem mais testes ao longo da manhã, eles iam liberando, mas não era algo garantido de que chegaria mais".

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Apesar disso, a Secretaria de Saúde ressaltou que há 524.723 testes rápidos no estoque. "A distribuição de senhas foi adotada como medida de organização das filas, além de controle da capacidade de atendimento de cada unidade", explicou a pasta. Segundo a secretaria, a testagem dos casos suspeitos é feita após avaliação da equipe de saúde, que considera os sintomas, o histórico viral e a vacinação.

Avanço dos casos

O aumento da demanda por testes acompanha o avanço dos diagnósticos na capital federal. De acordo com o boletim da Covid-19 divulgado pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), nessa terça, as infecções saltaram de 84,4% entre 6 e 12 de junho. Enquanto isso, a taxa de transmissão do vírus está acima de 1 há 39 dias. A Saúde indica que o R(t) está em 1,83, o que indica aceleração do ritmo de contágios.

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Os casos ativos, detectados nos testes, e notificados oficialmente também cresceram: há pelo menos 38.398 pessoas doentes no DF. Há um mês, eram 763. Isso também se reflete na pressão sobre os hospitais. As unidades públicas do DF dispõem de 39 leitos de UTI para pacientes graves com a infecção, e 71,79% estão ocupados. Dos 10 leitos pediátricos, 100% estão lotados há mais de uma semana.

Na fila de espera por uma dessas vagas estão 12 adultos entre 22 e 89 anos com suspeita ou confirmação de contágio pelo coronavírus. 

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Vacinação

O governador Ibaneis Rocha, que trocou o comando da Secretaria de Saúde na semana passada, tem dito que a estratégia para conter a alta de casos é a vacinação. Nessa terça, ele declarou que pretende ampliar a aplicação da 4ª dose das vacinas contra Covid-19 a pessoas partir de 40 anos. Atualmente, adultos com 50 anos ou mais podem recerber o 2º reforço. Até agora, 41,8% da população do DF tomou pelo menos três doses.

Máscaras

O avanço dos casos também levou órgãos a determinarem a retomada do uso de máscaras, como o Tribunal de Justiça do DF. A própria Secretaria de Saúde recomendou as unidades de saúde geridas pelo Iges-DF

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