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Renato Russo colocou Brasília no mapa da música do Brasil

Cantor eternizou lugares da capital em sua trajetória e nas canções da Legião Urbana; nesta segunda, faz 25 anos que ele partiu

Brasília|Lucas Nanini, do R7, em Brasília

O cantor e compositor Renato Russo, que colocou Brasília no mapa da música brasileira
O cantor e compositor Renato Russo, que colocou Brasília no mapa da música brasileira O cantor e compositor Renato Russo, que colocou Brasília no mapa da música brasileira

Renato Russo é apontado como um dos principais idealizadores da cena do rock de Brasília. Ao lado de seus colegas de Legião Urbana e de bandas como Plebe Rude e Capital Inicial, ele foi responsável por colocar o Distrito Federal no mapa da música. Mais do que isso, o artista foi responsável por “compartilhar o check-in” de diversas partes do Plano Piloto e de outras regiões administrativas do DF com pessoas de todo o país, em um tempo distante das redes sociais.

Hoje, fãs do músico e turistas em geral podem marcar sua localização em lugares históricos, como a quadra onde Renato cresceu, os bares onde rolaram os primeiros shows e os espaços onde colegas como a “Turma da Colina” se reuniam. Para mostrar onde estão os lugares mais significativos da trajetória do eterno líder da Legião, o R7 preparou uma “Rota Renato Russo”.

SQS 303 –

Renato Russo nasceu no Rio de Janeiro, mas foi em Brasília que se tornou o artista conhecido e celebrado por todo o público. A casa onde ele morou, no bloco B da Superquadra 303 da Asa Sul, foi onde Renato devorou livros, discos e filmes, onde recebeu amigos, trocou ideias e escreveu algumas das canções que se tornaram hinos de uma geração.

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Colina –

O termo “Turma da Colina”, ou “tchurma”, é uma criação de Renato para se referir ao grupo de amigos que se reuniam inicialmente nos pilotis dos blocos A ao D (os únicos que existiam na época) para suas “pernoitadas” na companhia de vinho barato e boa música. Os apartamentos que abrigavam professores da Universidade de Brasília (UnB) eram morada de músicos como André X e Gutje, da Plebe Rude, Toninho Maya e os irmãos Fê e Flavio Lemos, que formariam o Aborto Elétrico ao lado de Renato e depois fariam parte do Capital Inicial.

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Cafofo (CLN 407) –

Lugar frequentado pela Turma da Colina, o bar foi palco de alguns dos primeiros shows do Aborto Elétrico, banda de Renato Russo que acabou sendo o embrião da Legião Urbana e do Capital Inicial. O espaço ainda lançou outros grupos de rock de Brasília, como a Blitx 64.

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Gilberto Salomão (QI 5 do Lago Sul) –

O espaço entrou para a história do rock de Brasília por ter sido palco do primeiro show do Aberto Elétrico, com Renato Russo tocando baixo (o grupo era um trio instrumental). A apresentação aconteceu em 11 de janeiro de 1980. Também havia bares ali, como o Só Kana, onde as bandas também se apresentavam.

Gilbertinho (QI 11 do Lago Sul) –

O local é considerado o último reduto da Turma da Colina, antes do estouro da Legião Urbana. Ali havia bares como o Papos e Panquecas e o Madrugadas, que serviram de palco para as bandas de rock de Brasília nos anos 1980. O nome “Gilbertinho” foi dado pela “tchurma” porque o local se parecia como uma versão menor do Centro Comercial Gilberto Salomão, também no Lago Sul.

Cruz da Praça do Cruzeiro (Eixo Monumental) –

Até hoje o local é reduto para o encontro de jovens, em especial aqueles que gostam de contemplar o pôr do sol. Diz a lenda que foi em um show nesse espaço que o baterista Fê Lemos atirou uma baqueta na cabeça de Renato Russo, dando início ao fim do Aborto Elétrico.

Parque da Cidade (Praça Eduardo e Mônica) –

“Se encontraram então no Parque da Cidade, a Mônica de moto e o Eduardo de camelo”, diz a letra da canção do disco Dois, de 1986. Um dos maiores parques urbanos do mundo, o local é sempre associado à trajetória de Renato e da Legião Urbana. A praça Eduardo e Mônica fica próxima ao lago e tem um monumento em homenagem à canção e ao artista.

Adega (Cine Centro São Francisco – 102/103 Sul) –

A Turma da Colina também frequentava o lugar, entre 1982 e 1983. Havia outros bares ali, o que provocava a aglutinação de centenas de pessoas. “Todo mundo virou punk”, disse o diretor de TV José Renato Martins, amigo de adolescência de Renato.

Escola Parque 308 Sul/Espaço Cultural Renato Russo –

Um dos primeiros shows da Legião Urbana aconteceu na Escola Parque 308. O colégio fica ao lado do antigo Galpãozinho – hoje Espaço Cultural Renato Russo.

Teatro da ABO (916 Sul) –

O espaço da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), na Asa Sul, foi palco de uma série de shows, o festival “Temporada de Rock”. Foi ali, em 1983, que Dado Villa-Lobos fez sua primeira apresentação com a Legião Urbana.

Brasília Rádio Center (701 Norte) –

O local, no Setor de Rádio e Televisão Norte, abrigava o estúdio onde ensaiavam diversas bandas de rock dos anos 1980, entre elas a Legião Urbana e a Plebe Rude. Renato era responsável pelo contrato de aluguel das bandas.

Espaço Funarte (Sala Cássia Eller) –

O espaço no Eixo Monumental, entre a Torre de TV e o Centro de Convenções Ulysses Guimarães, foi palco de shows de bandas como o Aborto Elétrico.

Estádio Mané Garrincha –

Um dos mais importantes estádios de futebol do país, o Mané Garrincha entrou para a história também por um show da Legião Urbana que terminou em confusão. Em 18 de junho de 1988, um fã invadiu o palco e agarrou Renato no meio de “Conexão Amazônica”. Bombas estouraram, objetos foram atirados contra a banda, Renato xingou o público e foi xingado, houve quebra-quebra e teve confronto entre plateia e PM. O cantor disse que nunca mais tocaria na capital federal. Em junho de 2013, 25 anos após o evento, foi organizado o show “Renato Russo Sinfônico”, com a participação de artistas como Jerry Adriani, Lobão, Zélia Duncan, a Orquestra Sinfônica de Brasília, Zizi e Luiza Possi, Hamilton de Holanda, Sandra de Sá, Fernanda Takai e até o ex-baixista da Legião Renato Rocha.

Food’s (110/111 Sul) –

A lanchonete era um dos lugares mais frequentados pela turma e também foi palco de apresentação de diversas bandas, entre elas a Legião Urbana. Foi na calçada do Food’s que Renato Russo iniciou na sua fase “trovador solitário”, abrindo os shows da Plebe Rude.

Ceilândia –

O tal “lote 14” não se refere a um local específico e provavelmente foi escolhido pela sonoridade. É ali o palco do duelo entre João do Santo Cristo e Jeremias, personagens da música Faroeste Caboclo, escrita ainda na fase do Aborto Elétrico e eternizada no álbum Que País É Este, de 1987

Sobradinho –

Foi numa chácara na região que ocorreu o festival Rockonha, em agosto de 1980. A mostra musical ficou conhecida nacionalmente depois da citação de Renato na letra da música Faroeste Caboclo.

Taguatinga –

Também citada em Faroeste. É onde João do Santo Cristo ganhava “100 mil por mês”. Também em Taguatinga, havia o teatro Rolla Pedra, inaugurado com show de Legião, Plebe Rude e Capital Inicial.

Planaltina/Asa Norte –

Faroeste Caboclo é uma música que apresenta o Distrito Federal para quem não vive no Planalto Central. Além de Ceilândia, da Rockonha e de Taguatinga, a música fala dos “amigos” que frequentavam a Asa Norte” e de Planaltina, onde João do Santo Cristo revendia contrabando vindo da Bolívia.

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