Suspeitos de fraudar R$ 3 milhões dos bancos do DF com PIX são alvo de busca e apreensão
Policiais do DF e do Ceará deflagraram a terceira fase da operação; grupo usou falha no sistema do banco para desviar valores
Brasília|Fabíola Souza, do R7, em Brasília
A Polícia Civil do Distrito Federal em conjunto com a Polícia Civil do Estado do Ceará deflagrou, nesta terça-feira (27), a terceira fase da Operação Payback contra um grupo de suspeitos que realizavam fraudes bancárias. De acordo com a corporação, só no Distrito Federal, a quadrilha movimentou R$ 3 milhões. Os agentes cumpriram três mandados de busca e apreensão, em Fortaleza, no Ceará.
As investigações tiveram início em março de 2022. De acordo com a apuração, neste período a polícia indentificou diversas fraudes bancárias em aplicativo de instituição financeira, pois houve uma falha no programa de um banco - o erro permitia que, mesmo após o cancelamento, os valores de uma tranferência fossem creditados na conta do titular.
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Os criminosos agendavam transferências de valores altos por meio do PIX e logo depois cancelavam o agendamento. Porém o banco depositava na conta dos suspeitos o crédito de valor idêntico da operação. Depois de creditados, os valores eram transferidos para outras contas bancárias ou utilizados para pagamento de boletos e compras diversas.
"A intenção é descobrir como essas pessoas tomaram conhecimento de tal procedimento ilícito”, ressalta o delegado responsável pelas investigações, Giancarlos Zuliani.
Outras operações
A Polícia Civil do Distrito Federal cumpriu na primeira fase da Operação Payback 50 mandados judiciais, sendo 21 deles de prisão temporária. Na segunda etapa foram 15 mandados judiciais, sendo 10 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão temporária.
Alguns suspeitos confessaram a prática criminosa e alguns deles chegaram a realizar a devolução dos valores obtidos ilicitamente.
Eles serão indiciados pela prática do crime de furto mediante fraude eletrônica, com pena de quatro a oito anos de reclusão e, possivelmente, de associação criminosa, com pena de um a três anos de reclusão.