Vacinação contra febre aftosa será suspensa no DF e em seis estados
A medida foi anunciada pelo ministro do Mapa, Marcos Montes, e a campanha de vacinação de 2022 segue mantida até novembro
Brasília|Paloma Castro*, do R7, em Brasília
Para 2023, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) irá suspender a vacinação contra a febre aftosa no Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Minas Gerais e Espírito Santo
Cerca de 113 milhões de bovinos e bubalinos deixarão de ser vacinados a partir do ano que vem, o que corresponde a quase 50% do rebanho total do país. A medida foi anunciada pelo ministro do Mapa, Marcos Montes, e pelo secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, José Guilherme Leal, durante a abertura da 87ª edição da ExpoZebu, em Uberaba (MG).
"É uma conquista de todos nós, do ministério, dos estados e dos produtores rurais. A certeza de que essa união vai fazer cada vez mais a nossa sanidade ser respeitada no mundo, como já é", destacou o ministro.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ministro participaram da abertura da exposição, considerada pela ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu) como a maior feira de gado zebu do mundo.
O secretário da Seapa (Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento) do estado de Goiás acredita que a suspensão deve trazer uma série de benefícios, como a valorização da carne, a redução de custos para o produtor e o menor estresse para o rebanho.
Vacinação de 2022 garante suspensão
"É importantíssima a adesão de todos os pecuaristas para vacinar 100% do rebanho este ano e garantir o benefício da suspensão a partir do ano que vem", ressaltou o secretário Tiago Mendonça.
No último sábado (1), foi iniciada a primeira etapa da vacinação contra a febre aftosa para bovinos e bubalinos, com encerramento no dia 31 de maio. A campanha de 2022 segue mantida, sendo que a última etapa deste ciclo é no mês de novembro.
Para que aconteça a suspensão do próximo ano, é necessário que o DF e os seis estados realizem a transição de "status sanitário" para "status livres", com isso, obter o reconhecimento nacional e internacional de livres de aftosa sem vacinação.
A meta é que o Brasil se torne totalmente livre de febre aftosa sem vacinação até 2026, segundo o PE-PNEFA (Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa). Os únicos estados tidos como livres são: Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rondônia, Acre e parte do Amazonas.