A juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais, suspendeu as visitas de familiares de dententos presos no Complexo Penitenciário da Papuda, e nas demais unidades do sistema prisional do Distrito Federal, até 31 de janeiro. A proibição começa a valer a partir desta terça-feira (11), depois do aumento de contágios por influenza e coronavírus no DF.
"É justamente para conter o surto e evitar nova pandemia, a internação concomitante e, principalmente, evitar óbitos que os gestores dos mais variados órgãos tem suspendido as atividades presenciais recentemente autorizadas", ressalta Cury na decisão. "O sistema prisional enquanto microssistema da sociedade, dela não pode se afastar, motivo pelo qual não há como proceder de forma diferente", prosseguiu.
No Distrito Federal, a taxa de reprodução do coronavírus tem registrado sucessivas altas, e nessa segunda (10) chegou a 2,01. Isso indica que os contágios estão em aceleração na cidade. Apenas nessa segunda, foram 2.775 novos casos. Desse modo, Brasília já registra 8.166 casos ativos da doença.
Leia também
"Assim, não há como realizar visitas marcadas para esta semana no sistema prisional, sob pena de colocar em risco a saúde de pessoas presas", ressalta a magistrada. Pelo despacho, a medida deve ser revisada ao fim do prazo de vigência, quando deve ser avaliada a manutenção da proibição.
Na decisão, Cury ainda frisou que a entrega de dinheiro e também da Cobal, que é a comida levada pelas famílias aos detentos. A juíza ainda determinou que a Secretaria de Administração Penitenciária deve continuar a providenciar o incremento de materiais de limpeza e equipamentos de proteção individual.