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Sergio Marchionne, chefão da Fiat-Chrysler, confirma mais dois modelos na fábrica de Pernambuco

Além do Renegade, unidade produzirá outro SUV da Jeep e a picape 'meio-média' da Fiat

Carros|Diogo de Oliveira, do R7, em Goiana (PE)*


Um dos homens mais poderosos da indústria automobilística mundial na atualidade, Sergio Marchionne veio ao Brasil esta semana prestigiar a inauguração do Polo Automotivo de Goiana (PE), o mais moderno da FCA (Fiat Chrysler Automobiles) no mundo. Homem de palavras medidas, e por vezes sinceras, o CEO do grupo ítalo-americano concedeu coletiva a jornalistas brasileiros e estrangeiros, onde os próximos projetos de Jeep e Fiat foram sutilmente comentados.

Esperto como um velho lobo, Marchionne se esquivou de responder a perguntas que buscavam detalhes dos dois veículos que serão produzidos na fábrica pernambucana ao lado do recém-lançado Renegade. Por mais de uma vez, o executivo se limitou a dizer "sem comentários” em suas respostas. Mesmo assim, Sergio foi claro quando abriu o jogo sobre a crise aguda que vive o mercado brasileiro em 2015, e, claro, sobre os próximos lançamentos.

Confira abaixo uma síntese das perguntas feitas pelos jornalistas ao chefão do grupo Fiat-Chrysler:

O Brasil passa por uma turbulência nas vendas de carros novos. Isso o preocupa?


Sergio Marchionne - Sim, mas é importante salientar que este polo automotivo está preparado para lidar com oscilações na demanda. E mesmo com esta queda, podemos e vamos superar o momento. O grupo tem uma visão muito clara de que o mercado brasileiro vai se desenvolver nos próximos anos. Por isso, foi uma decisão sábia construir a fábrica em Pernambuco. Os volumes serão absorvidos.

Além do Jeep Renegade, já se sabe que este polo fabricará outros veículos. O que pode antecipar?


SM - Sim, será o Renegade e mais dois modelos, outro Jeep e um Fiat. Estamos perto de finalizar o portfólio a FCA na América Latina. Resolveremos isso nos próximos 18 meses. Mas não falaremos sobre detalhes dos projetos hoje.


Com a fábrica da FCA e o fortalecimento das marcas do grupo, podemos esperar a volta da Alfa Romeo no Brasil?


SM - Sim.

Há, no momento, um esforço para fortalecer a marca Jeep no Brasil e no mundo?

SM - Olha, não acho que tenho de fazer polêmica sobre qual é a marca preferida. Vamos apostar no grupo FCA. O que ocorre é que a marca Jeep, no momento, é a força motriz, o "Ás" desta expansão. É uma marca transnacional, tem força global, e uma vez que possui tal potencial, vamos apostar nele. Se falarmos de números, a Jeep foi a divisão que mais cresceu no mundo neste início de ano. Os negócios já avançaram 22% no primeiro trimestre de 2015. A Jeep deixou de ser uma marca norte-americana. Já temos duas fábricas fora dos Estados Unidos, e em breve vamos inaugurar a terceira, na China. Esperamos comercializar algo em torno de 1,9 milhão de unidades de Jeeps globalmente já a partir de 2016.

Entre os países "emergentes", o Brasil é o que mais preocupa no momento, pelo cenário de recessão e pelos casos de corrupção envolvendo governantes e partidos políticos. Como você vê isso?

SM - Duas coisas. Primeiro, nosso compromisso com o País não muda. É claro que esses fatores complicam, mas são problemas internos que terão de ser resolvidos. Acredito que o Brasil vai retomar o caminho do crescimento, a população é jovem e os indicadores mostram que há potencial. Convenhamos, o País ter passado ileso pela crise global dos últimos anos foi quase um milagre. Não houve grandes impactos nos negócios. Além do mais, o Brasil não é um mercado emergente, 3,5 milhões de veículos é um volume bastante razoável.

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