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Seu carro está no 'isolamento'? Saiba como mantê-lo em ordem

Longas pausas podem comprometer bateria, combustível, pneus e lâmpadas. Mecânico ensina como deixar possante em bom estado até fim da quarentena

Carros|Eduardo Marini, do R7

Carro parado por muito tempo precisa de atenção para não deixar dono na mão
Carro parado por muito tempo precisa de atenção para não deixar dono na mão Carro parado por muito tempo precisa de atenção para não deixar dono na mão

Quem tem carro e cumpre distanciamento como manda o protocolo, com pouca ou nenhuma saída desde o início do isolamento, deve ficar atento para um ponto importante: ele também está “de quarentena” por todo esse tempo, na garagem ou na rua de casa, e precisa muito da sua atenção neste momento.

Ficar longo período sem movimento não é, definitivamente, algo bom para o automóvel. Pode causar queda ou perda da bateria, esvaziamento e deformação de pneus, ressecamento, deterioração do combustível no tanque e mau contato no sistema de lâmpadas internas, faróis e placas, entre outros problemas.

A pedido do R7, o técnico-mecânico Ednilson Trindade, de São Paulo, listou as principais medidas que irão manter em ordem o carro de quem diminuiu consideravelmente o uso na quarentena ou aguarda, junto a seu parceiro motorizado, o momento de retornar às atividades.

Manter o carro ligado por dez a quinze minutos ao menos uma vez por semana – “Essa atitude mantém motor e o sistema de injeção em ordem. E faz circular óleo e outros fluídos”, explica Trindade. “O ideal é ligar, esperar alguns segundos, dar duas leves aceleradas e deixar o motor funcionando sozinho, lentamente. Fazer isso duas vezes por semana está de bom tamanho, mas ao menos uma vez é fundamental”.

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Fazer pequenos deslocamentos com o carro – Se houver espaço para movimentar o carro onde ele fica, vale a pena fazer pequenos deslocamentos nos dias em que for ligá-lo, mesmo que seja apenas para andar alguns metros à frente e voltar ao mesmo ponto de ré. “Isso permitirá acionar o sistema de freio, com seus fluídos, impedindo que ele trave ou apresente alguma falha depois por ressecamento, travamento ou ausência”, detalha o mecânico.

Evite o envelhecimento do combustível no tanque – Existe o risco de envelhecimento, com perda de octanagem e capacidade de combustão, do álcool, diesel e gasolina parados no tanque por mais de 70 dias e, mais intensamente, após 90 dias. “Aquela fumaça branca liberada em grande quantidade pelo cano de descarga de carros parados por muito tempo, com forte cheiro de dióxido de carbono, é quase sempre gerada por combustível velho”, destaca. “Se a pessoa não está rodando ou percorre distâncias curtas neste período, o ideal é manter o tanque com um quarto da capacidade, entre dez e quinze litros, no máximo. Se o tanque estiver cheio e o carro parado e desligado desde o início da quarentena, pode ser interessante retirar ao menos metade desse combustível e dar ou negociar com o filho, companheiro ou alguém próximo que esteja em maior atividade com outro carro”, aconselha o mecânico.

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Olho vivo na bateria – Se não estiver mesmo rodando com o carro, a melhor opção pode ser desligar ao menos um dos dois cabos da bateria. “Fui chamado nesses últimos dias para socorrer muita gente que deixou o carro parado desde o início da quarentena e agora, ao tentar sair com ele, teve a desagradável surpresa de ver a bateria totalmente descarregada ou mesmo perdida”, conta o mecânico. “Os componentes eletrônicos do carro, sobretudo dos mais modernos, continuam em funcionamento – e isso consome bateria. E aí ela vai embora, mesmo com o carro desligado”.

Não se esqueça dos pneus – Se o carro estiver parado ou foi raramente usado desde o início da quarentena, seria oportuno calibrar os pneus na próxima saída. “Mesmo os pneus modernos, sem câmara, tendem a esvaziar em longos períodos de pausa. Isso pode ser péssimo. Imagine precisar do carro numa emergência e perceber que os pneus estão arriados?”, questiona Trindade.

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Atenção com as lâmpadas – Antes de voltar a usar o automóvel, teste todas as lâmpadas internas e externas, sobretudo as dos faróis, freios, setas e placas. “Muitas vezes elas nem queimam ou estragam, mas deixam de funcionar por mau contato ou falha de conexão por oxidação ou outro problema. O motorista poderá descobrir que seu farol não funciona apenas à noite, ao tentar ligá-lo. Um perigo. E o não funcionamento daquela pequena lâmpada que ilumina a placa traseira costuma dar multa”.

De olho nos fluídos – “Os fluídos de freio, água do radiador, óleos e outros aditivos certamente estarão em ordem no prazo de 90 dias. A chance de algum deles se deteriorar nesse período é remota”, atesta Trindade.

Agora é lembrar que existe um “parceiro” na garagem ou na rua de casa que necessita dos seus cuidados. E também de uma água nos vidros, um paninho por dentro, um trato na pintura... até para não te deixar na mão.

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