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Após mais de três meses internado, homem que retirou menina de ônibus incendiado no MA recebe alta

Na época, cinco pessoas ficaram feridas em atentado criminoso a coletivo em São Luís

Cidades|

Márcio Ronny da Cruz ficou ferido em janeiro deste ano
Márcio Ronny da Cruz ficou ferido em janeiro deste ano Márcio Ronny da Cruz ficou ferido em janeiro deste ano

Após a última consulta com os médicos em Goiânia, no final da tarde desta sexta-feira (11), o entregador Márcio Ronny da Cruz, 37 anos, está pronto para retornar ao Maranhão no fim de semana. Ele passou por 14 cirurgias para minimizar as queimaduras que sofreu ao salvar três pessoas em um ônibus incendiado, fruto de um ataque criminosocomandado de dentro de presídios maranhenses, no dia 3 de janeiro deste ano, em São Luís. Cruz relata o que aconteceu no dia e diz que não se arrepende.

— Na hora não pensei duas vezes. Ouvi os gritos, apaguei o fogo do meu corpo [se molhando em uma poça de lama] e retornei ao ônibus. Não tenho arrependimento nenhum. Espero que sirva de exemplo.

Entre as vítimas estava a menina Ana Clara Santos Souza, de seis anos, a quem o trabalhador se abraçou tentando abafar o fogo. Com 90% do corpo queimado, a criança não resistiu. As outras vítimas eram a mãe e uma irmã de Ana Clara. Márcio sofreu queimaduras em 72% do corpo. Ele foi transferido para Goiânia, onde há centros de referência no atendimento a queimados.

Mesmo ainda se restabelecendo, utilizando roupas especiais que cobrem o corpo todo, Márcio visitou esta semana o Hospital Geral de Goiânia, onde chegou primeiro e foi internado na UTI, passando por três cirurgias na unidade, antes de ser transferido para o Hospital de Queimaduras de Goiânia, onde ocorreram as demais cirurgias. Ele foi agradecer as equipes de médicos e enfermeiros da unidade pública.

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A família aguarda que o governo do Maranhão envie as passagens aéreas para que Márcio possa retornar a São Luís. Ele terá de voltar a Goiânia uma vez por mês para a manutenção do tratamento. A sobrevivência do trabalhador, esposa e cinco filhos, também dependerá do governo do Maranhão, porque ele estima no mínimo oito meses de repouso, conforme tem sido a orientação médica.

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— Vivemos do meu trabalho.

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