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Caso Bernardo: mais sete testemunhas serão ouvidas hoje em audiência sobre a morte do menino

No fim de semana, homenagens marcaram dia em que menino completaria 12 anos

Cidades|Do R7, com Rede Record

Mais sete testemunhas arroladas pela acusação no processo criminal que apura a morte de Bernardo Uglione Boldrini deverão ser ouvidas pela Justiça, nesta segunda-feira (8), na Comarca de Três Passos, no interior do Rio Grande do Sul. A audiência está marcada para as 9h. O pai, Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz estão presos acusados de envolvimento no crime.

Assista ao vídeo:

Ainda serão designadas cartas precatórias para Rodeio Bonito, Santo Ângelo, Soledade e Santa Maria, onde serão ouvidas outras quatro testemunhas; e para Frederico Westphalen, onde mais oito pessoas prestarão depoimento. O julgamento ainda não tem data marcada.

As audiências começaram no dia 26 de agosto quando a delegada Caroline Bamberg Machado divulgou vídeos nos quais o garoto era ameaçado e humilhado pela madrasta. Em um dos trechos, Graciele Ugulini diz: "Vamos ver quem vai para baixo da terra". Dos quatro acusados, apenas os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz participaram da primeira audiência.


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O inquérito da Polícia Civil e a denúncia do Ministério Público acusaram Leandro de ser o mentor do crime, Graciele de ser executora do plano e a assistente social Edelvânia Wirganovicz e o motorista Evandro Wirganovicz, de cumplicidade.

Ao todo, 77 pessoas foram incluídas como testemunhas no processo, sendo 25 pelo Ministério Público, autor da ação, e 52 pelas defesas dos quatro réus.


Homenagens

O aniversário de Bernardo Boldrini foi lembrado em duas missas realizadas em Santa Maria e Três Passos, cidades do interior do Rio Grande do Sul, no último sábado (6). Flores e cartazes foram colocados no túmulo onde ele foi enterrado e na casa onde vivia com o pai e a madrasta.

No Facebook, uma comunidade com o nome do garoto foi usada para postar fotos dele, homenagens e pedidos de justiça. 

Bernardo Boldrini (direita) foi encontrado em um matagal em abril. O pai, a madrasta, uma amiga e o irmão dela estão presos
Bernardo Boldrini (direita) foi encontrado em um matagal em abril. O pai, a madrasta, uma amiga e o irmão dela estão presos

O crime

Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos, no interior do Rio Grande do Sul. À tarde, o menino teria ido a Frederico Westphalen com a madrasta e uma amiga dela, Edelvânia Wirganovicz, comprar uma televisão. Quando voltou a Três Passos, a criança teria dito que passaria o fim de semana na casa de um amigo e não foi mais vista. 

O corpo da criança foi encontrado no dia 14 de abril em um matagal de Frederico Westphalen, cidade a 80 km de Três Passos. O cadáver estava nu dentro de um saco enterrado em uma propriedade rural. 

No mesmo dia, o pai, o médico Leandro Boldrini, a madrasta, a enfermeira Graciele Boldrini, e a amiga, a assistente social, Edelvânia Wirganovicz, foram presos preventivamente suspeitos de participação no crime. Foi Edelvânia quem indicou onde estava o corpo da criança. Ela também contou à polícia que Graciele dopou o menino e depois aplicou uma injeção letal. O irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz, foi preso quase um mês depois acusado de ajudar na ocultação do cadáver.

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