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Golfinho morre após lacre de plástico prender sua boca

Biólogos resgatam macho de toninha com peso abaixo da média e lixo no estômago

Correio do Povo

Correio do Povo|Do R7

Pescadores capturaram acidentalmente um golfinho da espécie toninha com um lacre de garrafa preso na boca, na Praia Grande, litoral paulista, no sábado. "Por conta da desnutrição, o animal estava com 11 quilos, sendo que a média para um macho é de 18 a 20 quilos", avalia a médica veterinária da Instituto Biopesca, Vanessa Lanes Ribeiro.

Além de desnutrida, a toninha também estava com pneumonia e com gastrite por conta de pedaços de plástico que ingeriu. A veterinária explica que o lixo costuma ter relação com os casos de animais encontrados mortos no mar ou encalhados na praia.

Os veterinários do Biopesca já retiraram do estomago de tartarugas e golfinhos pedaços de isopor, linhas de pesca, pedaço de canudo e também lacres. "Se o lacre chegou até esse animal é porque quem utilizou a garrafa não fez o descarte corretamente. A culpa é direta do ser humano e as pessoas têm responsabilidade sobre o seu lixo", orienta a veterinária.

Segundo veterinários do Instituto Biopesca, que monitora as praias da região, o animal estava bem abaixo do peso médio e doente. O lixo e a pesca acidental são os principais fatores para a redução do número de exemplares. O Biopesca registrou 300 casos de toninhas mortas na praia nos últimos três anos. Por pesca acidental, foram 320 casos nos últimos 18 anos.


Além do impacto da ação humana, a espécie está em extinção pois existem cinco diferentes populações que vivem sem interação. Isso contribui para que seja registrado um número cada vez menor de exemplares. A toninha é encontrada desde o Espírito Santo até a costa Argentina passando pelo Uruguai.

Trabalho com pescadores

O instituto Biopesca tem uma parceria com pescadores do litoral paulista para orientar sobre a pesca acidental. Os animais que ficam presos nas redes são encaminhados para os veterinários para que sejam monitorados e estudados. "Os pescadores estão na mesma região de alimentação de várias espécies marinhas. Os animais vulneráveis tentam ficar bem próximos das redes para tentar se alimentar e ficam presos", explica a veterinário do Instituto Biopesca.

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