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Em dez meses, foram registradas 21 rebeliões no PR e 43 agentes foram feitos reféns, diz sindicato

Caso mais recente começou na última segunda-feira em penitenciária de Guarapuava 

Cidades|Márcia Francês, do R7

Os presos da PIG (Penitenciária Industrial de Guarapuava), no interior do Paraná, estão amotinados desde por volta das 11h30 de segunda-feira (13). De acordo com Antony Johnson, presidente do Sindarspen (Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná), desde dezembro do ano passado, mais de 20 rebeliões foram registradas no Estado. 

— Com essa de Guarapuava, iniciada ontem, é a 21ª rebelião em dez meses e 43 agentes feitos reféns no Paraná.

Alguns reféns são mantidos seminus, de cuecas e meias, no telhado da penitenciária
Alguns reféns são mantidos seminus, de cuecas e meias, no telhado da penitenciária

A Seju (Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná) informou que contabiliza cinco rebeliões: uma na PEC (Penitenciária Estadual do Paraná), outra na Peco (Penitenciária de Cruzeiro do Oeste), duas na PEP II (Penitenciária Estadual de Piraquara) e esta última, em Guarapuava. As outras, de acordo com a secretaria, seriam motins, nos quais agentes penitenciários foram feitos reféns, mas que não foram registrados resultados mais graves e o tempo de duração foi mais curto. 

Segundo as últimas informações, os detentos de Guarapuava ainda mantêm 12 agentes penitenciários e vários presos reféns. As negociações foram suspensas por volta das 22h30 de segunda-feira e retomadas entre 7h e 8h desta terça-feira (14). Os presos reclamam da administração do presídio, da comida e das acomodações. Para o presidente do Sindarspen, esta rebelião aconteceu por um "erro de gestão". 


— O que aconteceu na PIG foi um erro de gestão. Lá era uma unidade modelo, uma unidade industrial, onde a maioria dos presos trabalham, [mas] foram transferidos presos fora do perfil de Guarapuava, presos de Curitiba e região, presos de Cascavel. Uma das causas pode ser essa transferência de presos para lá. 

Após 45 horas, termina rebelião em penitenciária de Cascavel (PR)


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A Seju não descartou essa possibilidade, mas informou que ainda não é possível saber as causas da revolta. Segundo a PM (Polícia Militar), até o momento cinco pessoas caíram ou foram jogadas do telhado do presídio. Uma das vítimas sofreu traumatismo craniano. Uma sexta vítima, um agente penitenciário, foi queimada e internada em estado grave. A secretaria disse ainda que a penitenciária abriga 239 presos e a capacidade é de 240. Em agosto deste ano, dez presos foram transferidos de Cascavel para Guarapuava após o motim que deixou seis mortos.


Greve

Os agentes penitenciários do Paraná pretendiam começar uma greve no dia 29 de setembro, mas uma liminar da Justiça do Paraná impediu a paralisação. Eles reclamam de falta de segurança e de funcionários para atender à demanda do Estado. O sindicado e o governo do Estado fizeram reuniões e a administração estadual informou que estuda as reivindicações dos trabalhadores.

Agentes penitenciários são mantidos reféns durante rebelião em penitenciária do Paraná:

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