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Estagiárias que negassem sexo eram demitidas por ex-assessor da Casa Civil, diz Ministério Público

Cerca de 40 mulheres já foram ouvidas e relataram abusos por parte do ex-prefeito

Cidades|Do R7, com Rede Record

Gaiveski (foto) nega a acusação
Gaiveski (foto) nega a acusação

Além das acusações de estupro e favorecimento à prostituição, o -assessor da Casa Civil da Presidência da República e ex-prefeito de Realeza (PR) Eduardo Gaievski, é suspeito de demitir as estagiárias da prefeitura que negassem fazer sexo com ele, de acordo com o Ministério Público.

Uma assessora era obrigada a convencer as jovens a manterem relações sexuais com ele. Caso o pedido fosse negado, elas eram agredidas e demitidas da prefeitura. Segundo depoimento da própria assessora, ela era ameaçada por Eduardo e tinha que selecionar as jovens ainda virgens, pela preferência do suspeito.

O relatório do Ministério Público contém depoimentos de 17 jovens, na maioria menores de idade. Gaievski foi preso no último sábado (31), em Foz do Iguaçu (PR). Ele foi desligado da Casa Civil, onde tinha o cargo de assessor, na segunda-feira anterior, logo que a Justiça decretou a prisão dele.

Ex-assessor da Casa Civil pagava por sexo com adolescentes e fazia ameaças, diz vítima


Em depoimento, uma menina de 15 anos disse à polícia que mesmo após falar para Gaievski que era virgem e não queria manter relações com ele, foi abusada. Ela contou que chegou a gritar por socorro, mas não adiantou.

Na tarde desta segunda-feira (2), a Justiça negou um novo pedido de habeas corpus feito pela defesa de Gaievski. Ele continua preso em Curitiba. Cerca de 40 mulheres que dizem ter sido abusadas por ele já foram ouvidas pela polícia.

Em nota o governo federal informou que na época que o contratou não constava na ficha dele qualquer processo e que ele foi exonerado assim que as denúncias vieram à tona. O advogado Jefferson Schinaider, que defende o ex-prefeito, diz que o cliente é inocente e que as acusações envolvem política.

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