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Ex-pacientes de UTI em que médica é suspeita de praticar eutanásia prestam depoimento

Polícia investiga mortes dentro do hospital desde 2006

Cidades|Do R7, com Rede Record

Virgínia Souza trabalha na UTI há 24 anos e desde 2006 é chefe do setor
Virgínia Souza trabalha na UTI há 24 anos e desde 2006 é chefe do setor Henry Milleo

Ex-pacientes que passaram pela UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba (PR) devem prestar depoimento nesta sexta-feira (22). A médica Virgínia Helena Soares de Souza é suspeita de praticar eutanásia — antecipando a morte de pacientes em estado terminal, com o uso de procedimentos médicos — dentro do hospital.

A Polícia Civil informou que o processo corre em segredo de Justiça, mas confirmou que são esperados depoimentos de ex-pacientes e funcionários nesta sexta-feira e para os próximos dias.

A médica foi presa última na terça-feira (19) enquanto trabalhava. O advogado dela, Elis Mattar Assad, conseguiu parte do inquérito e deve entrar com um pedido de liberdade provisória ainda nesta sexta-feira.

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Segundo o advogado, Virgínia trabalha na UTI do hospital há 24 anos, sendo que desde 2006 passou a chefiar o setor. Em nota, o Hospital Universitário Evangélico disse que abriu sindicância interna para apurar os fatos, que reconhece a competência profissional de Virgínia e que até o momento desconhece qualquer ato técnico dela que tenha ferido a ética médica.

As mortes ocorridas desde 2006 serão investigadas. A polícia vai analisar também a participação de funcionários nos casos. O caso começou a ser investigado há um ano após denúncias dos próprios profissionais.


Prisão de médica suspeita de praticar eutanásia provoca desconfiança sobre mortes em UTI

Uma auxiliar de enfermagem, ouvida pelo Jornal da Record, na última terça-feira (19), que não quis ser identificada, disse que os alvos da médica eram pacientes da rede pública de saúde.


— [Ela] sempre falava que as pessoas do SUS não davam dinheiro para ela, então ela ficava com os particulares. Ela falava bem assim: “aqui quem manda sou eu, aqui vive quem eu quero e morre quem eu quero”.

Os profissionais que trabalhavam na UTI foram substituídos na última quinta-feira (21). A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba e o Conselho Regional de Medicina indicaram os novos profissionais.

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