GO: "Nunca vou perdoar", diz mulher que teve olhos furados por ex; acusado é julgado nesta quarta-feira
Quatro mulheres e três homens compõe júri; sentença deve sair no fim da tarde
Cidades|Do R7

Vai a júri popular nesta quarta-feira (19) o homem acusado de torturar e furar os olhos da ex-mulher, a operadora de caixa Mara Rúbia Guimarães, 27 anos, em agosto do ano passado. O crime aconteceu em Goiânia e Wilson Bicudo vai responde por tentativa de homicídio triplamente qualificado.
O júri, iniciado por volta das 8h30, segundo informações do TJ-GO (Tribunal de Justiça de Goiás), deve terminar ainda hoje, no fim da tarde. Quatro homens e três mulheres irão decidir o destino de Bicudo. Ao chegar ao julgamento nesta manhã, ainda de acordo com o TJ-GO, Mara declarou que não perdoa o ex-marido.
— Nunca vou perdoar ele. Ele destruiu a minha vida. Porque eu tenho de perdoar? Ele destruiu a minha vida por pura vaidade, por achar que mulher tem de apanhar e continuar aguentando só porque eles são mais fortes que a gente. Nunca vou perdoar ele. Nunca.
Justiça de Goiás manda soltar marido que furou os olhos da mulher
Mara é a primeira a ser ouvida nesta manhã. Às 10h, a vítima prestava depoimento no 2º Tribunal do Júri, em Goiânia. O julgamento é presidido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, do 1° Tribunal do Júri de Goiânia e deve ouvir dez testemunhas — cinco convocadas pela acusação e cinco pela defesa.
A expectativa é que a sentença saia por volta das 18h desta quarta-feira. Se for condenado, Bicudo poderá pegar de 12 a 30 anos de prisão, com pena diminuída de um a dois terços por se tratar de tentativa de homicídio. No entanto, o advogado de defesa tem a expectativa de que Bicudo responda pelo crime de lesão corporal e não tentativa de homicídio. Caso isso ocorra, a pena pode cair pela metade.
Mara Rúbia já passou por mais de oito cirurgias, mas perdeu a visão total de um olho e enxerga apenas 50% com o outro. Segundo a advogada dela, Darlene Liberato, a jovem recebe ameaças por telefone, por isso está em um abrigo com um filho.
— A vida dela foi colocada de cabeça para baixo. A Mara se aposentou por invalidez e está muito debilitada. Esperamos uma condenação para que ela possa de alguma forma ver Justiça.












