O juiz Marcelo Baldochi, que deu voz de prisão a funcionários de uma companhia aérea após chegar atrasado para um voo, já se envolveu em outras confusões. Em 2007, o Ministério do Trabalho flagrou 25 trabalhadores em uma situação análoga à de escravidão em uma propriedade de Baldochi na cidade de Bom Jardim, no Maranhão. Em 2011, a Justiça o condenou a pagar uma indenização de R$ 31 mil para quatro desses homens resgatados na fazenda. Em dezembro de 2012, ele foi ferido a facadas por um flanelinha, depois de ter se desentendido com ele na saída de uma pizzaria. Ele se recusou a dar dinheiro para o rapaz. No último sábado (6), Baldochi perdeu um voo de Imperatriz, no Maranhão, para São Paulo. Ele deu voz de prisão ao funcionário que o impediu de entrar na aeronave e para mais dois funcionários que tentaram defender o colega. Os três foram levados para a delegacia sob a acusação de crime contra o consumidor. Segundo o delegado Assis Ramos, os rapazes foram ouvidos e liberados em seguida. O juiz que acionou os militares não prestou depoimento porque conseguiu embarcar para São Paulo em outra companhia, de acordo com Ramos. A TAM informou que os funcionários agiram dentro das regras da empresa e que vai colaborar para a investigação do caso.Juiz chega atrasado para voo e dá voz de prisão a funcionários no Maranhão