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Julgamento de acusados de envolvimento na morte de PC Farias acaba nesta sexta-feira 

Quatro policiais militares que faziam a segurança do empresário são réus no processo

Cidades|Do R7

Eles são acusados por omissão, já que estavam na cena do crime e, segundo a promotoria, nada fizeram
Eles são acusados por omissão, já que estavam na cena do crime e, segundo a promotoria, nada fizeram Eles são acusados por omissão, já que estavam na cena do crime e, segundo a promotoria, nada fizeram

O julgamento dos quatro acusados de envolvimento na morte do empresário Paulo César Farias, conhecido como PC Farias, e da namorada dele, Suzana Marcolino, deve terminar esta sexta-feira (10). Neste quinto dia de sessão, haverá os debates entre defesa e acusação, e o conselho de sentença se reunirá para decidir se os réus são culpados ou inocentes.

Segundo o Tribunal de Justiça de Alagoas, a juiz Maurício Brêda decidiu que defesa e acusação terão duas horas e meia, cada uma, durante os debates. Em seguida, poderá haver mais duas horas de réplica e outras duas de tréplica. Após essas nove horas, caso todo o tempo seja usado, é que os sete membros do conselho de sentença vão se reunir para responder as perguntas feitas pelo magistrado. Eles decidirão se os quatro policiais militares que faziam a segurança do empresário têm culpa nas mortes.

A tese sustentada pela acusação é de que a mando de alguém da família Farias, os seguranças permitiram que o assassino chegasse até a casa de veraneio de PC, na praia de Guaxuma, em Maceió. O casal foi encontrado morto a tiros no quarto, em junho de 1996.

O advogado dos quatro PMs defende que Suzana Marcolino matou o namorado e suicidou-se após uma briga. Ele se baseia em um laudo do legista Fortunato Badan Palhares, que foi contestado por outros peritos.

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Interrogatórios

Na quinta-feira (9), os jurados ouviram as explicações dos acusados, Adeildo Costa dos Santos, José Geraldo da Silva, Josemar Faustino dos Santos e Reinaldo Correia de Lima Filho. Todos eles falaram sobre a rotina na casa de PC Farias. Os quatro também contaram fatos sobre a noite anterior ao crime e sobre a manhã em que os corpos foram encontrados. José Geraldo disse ter ouvido uma discussão naquela noite.

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Quando o juiz perguntou a cada um dos acusados se eles sabiam quem tinha cometido o crime, todos disseram que não. Eles também disseram acreditar que Suzana tenha se matado após assassinar o namorado. 

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O caso

PC Farias e Suzana Marcolino foram encontrados mortos na manhã do dia 23 de junho de 1996, na casa de praia do empresário, localizada no bairro de Guaxuma, litoral norte de Maceió. As circunstâncias do crime até hoje deixam dúvidas. Para a polícia alagoana, Suzana matou o namorado e depois cometeu suicídio. Esta é a mesma tese do advogado José Fragoso, responsável pela defesa dos quatro policiais levados a júri popular. A jornalista Ana Luíza Marcolino, irmã de Suzana, rebateu a tese de crime passional e falou em uma "força" para que o caso não seja esclarecido.

Collor

Paulo César Farias foi o tesoureiro de campanha do então candidato Fernando Collor à Presidência da República. Em novembro de 1993, PC Farias - que teve a prisão preventiva decretada por crime de sonegação fiscal -, foi preso na Tailândia, para onde fugira, e transferido para o Brasil. Condenado pelo Supremo Tribunal Federal a sete anos de prisão, o empresário acabaria cumprindo parte da pena no quartel do Corpo de Bombeiros de Maceió, até ganhar a liberdade condicional. O duplo assassinato ocorreria seis meses após o empresário sair da prisão.

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