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MP investiga adição de formol em 100 milhões de litros de leite no Rio Grande do Sul

Operação "Leite Compensado" comprovou adulteração do produto, crime considerado hediondo

Cidades|Do R7, com Estadão Conteúdo

Investigações no Rio Grande do Sul apuraram que cinco empresas de transporte de leite adulteraram o produto cru entregue para a indústria. Nesta quarta-feira (8), o Ministério Público gaúcho desencadeou a Operação "Leite Compensado", com o cumprimento de 10 mandados de prisão e oito de busca e apreensão nas cidades de Ibirubá, Guaporé e Horizontina.

A ação constatou que uma das formas de fraude identificadas é a da adição de uma substância semelhante à ureia, e que tem formol em sua composição, na proporção de 1 kg deste produto para 90 litros de água e mil litros de leite. A adulteração consiste no crime hediondo de corrupção de produtos alimentícios.

A fraude foi comprovada após análises químicas do leite cru, nas quais foi possível identificar a presença do formol, que mesmo depois dos processos de pasteurização, persiste no produto final. Com o aumento do volume do leite transportado, os "leiteiros" lucravam 10% a mais que os 7% já pagos sobre o preço do leite, em média R$ 0,95 por litro.

As empresas investigadas transportaram aproximadamente 100 milhões de litros de leite entre abril de 2012 e maio de 2013. Desse montante, estima-se que 1 milhão de quilos de ureia contendo formol tenham sido adicionados. Amostras coletadas no decorrer da investigação em supermercados de Porto Alegre apontaram fraude em 14 lotes de leite UHT.

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A simples adição de água, com o objetivo de aumentar o volume, acarreta perda nutricional, que é compensada pela adição da ureia — produto que contém formol em sua composição — e é considerado cancerígeno pela Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer e pela OMS (Organização Mundial de Saúde). 

A ação foi deflagrada pelo Ministério Público gaúcho, com apoio do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), da Receita Estadual e da Brigada Militar.

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