Pai que matou as duas filhas também ameaçava a mãe
Casal conviveu por sete anos e estava separado há um mês; homem filmou os assassinatos
Cidades|Do R7, com Rede Record
A mãe das duas crianças mortas pelo pai no bairro de Vargem Grande em Pinhais, região metropolitana de Curitiba, tinha decidido se separar em razão de ameaças que vinha sofrendo do marido Gilson Luiz Scholles, de 43 anos.
Segundo o titular da delegacia de Pinhais e responsável pelo caso, Fernando Zanoni, a mulher chegou a relatar as ameaças de Scholles à polícia. Mas o delegado não soube informar o teor dessas ameaças e se eram, inclusive, de morte.
— Durante esse período, ela nunca foi agredida, mas foi ameaçada. Em razão dessas ameaças, ela se separou.
De acordo com o delegado, na tarde da última sexta-feira (16), a mulher teria ido à Delegacia de Pinhais e pedido medida protetiva para que o ex-marido se afastasse dela, com base na lei Maria da Penha. Mas ela não teria solicitado nenhum tipo de proteção para as filhas.
O próprio delegado conta que não deu tempo de pedir nem a medida preventiva para ela, pois existe uma burocracia da Justiça a ser seguida. Isso porque ainda precisa esperar a análise do sistema judiciário. No caso do juiz acatar, intima-se o agressor para que ele também saiba o que foi determinado.
— Isso leva um certo prazo.
Scholles foi casado com a mãe das meninas por sete anos e estavam separados há um mês. Nesse domingo (16), um vizinho achou o pai das crianças enforcado dentro da residência na rua Rui Barbosa, bairro de Vargem Grande em Pinhais, região metropolitana de Curitiba, e chamou a polícia por volta das 21h30 deste domingo (18).
A polícia investiga se a morte das crianças aconteceu por enforcamento ou esganadura. O pai filmou a própria morte com a webcam do computador. De acordo com a polícia, Scholles já havia sido preso em 2003 após matar um cunhado. Após a prisão, o homem foi internado em uma clínica psiquiátrica, pois alegava ter depressão e tendências suicidas.
Assista ao vídeo: