A Polícia Militar de Santa Catarina corrigiu o balanço de ataques, divulgado na manhã desta quarta-feira (20), e voltou a registrar 111 atentados, em 36 municípios, desde o dia 30 de janeiro.
O incêndio na Base Operacional da PM, em Lages, nesta madrugada, foi classificado como acidental, após ser realizada uma perícia técnica no local. Segundo a corporação, o fogo foi causado por um vazamento na tubulação de gás.
Inicialmente, a PM havia divulgado que criminosos quebraram o vidro da janela dos fundos e, utilizando combustível, atearam fogo na base — localizada na rua Oswaldo Aranha, no bairro Araucária.
Entenda o caso
Santa Catarina vive a segunda onda de violência dos últimos meses. A primeira foi em novembro do ano passado. Os novos ataques começaram no dia 30 de janeiro. O Estado voltou a registrar ônibus, viaturas das polícias Militar e Civil, e veículos particulares incendiados. Bases da PM e delegacias também foram atacadas com tiros ou coquetéis molotovs.
O número de cidades em Santa Catarina que registraram ataques supostamente feitos por uma facção que atua no Estado já supera o verificado em 2012, ano em que a série de atentados começou.
As ocorrências foram registradas em 36 municípios: Florianópolis, Blumenau, Criciúma, Itajaí, Navegantes, Palhoça, Camboriú, São Francisco do Sul, Tubarão, Laguna, Araquari, Indaial, Brusque, São João Batista, Rio do Sul, São Miguel do Oeste, Içara, Joinville, Gaspar, São José, Ilhota, Balneário Camboriú, Jaraguá do Sul, Maracajá, Chapecó, Bom Retiro, Garuva, São Bento do Sul, Porto União, Imbituba, Guaramirim e Campos Novos, Balneário Rincão, Itapoá, Água Doce e Rio Negrinho.
O motivo teria relação com maus-tratos a detentos, assim como aconteceu em novembro. Um vídeo gravado em um presídio de Joinville mostrou presos sendo torturados por agentes penitenciários.