A Polícia Civil do Rio Grande do Sul encaminhou, nesta sexta-feira (18), o inquérito da última fase de investigações do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria. Dezoito pessoas foram indiciadas, a maioria delas já responde judicialmente por outros crimes envolvendo a tragédia, incluindo homicídio com dolo eventual — quando se assume o risco de matar.
Entre os indiciados estão a mãe e a irmã de Elissandro Spohr, um dos proprietários da casa noturna. Ângela Aurélia Callegaro e Marlene Terezinha Callegaro faziam parte da sociedade. Elas já respondem pelos homicídios das 242 vítimas do incêndio. Onze pessoas foram indiciadas por falsidade ideológica, três por prevaricação e outros também por fraude processual e crime ambiental.
A primeira investigação foi concluída no ano passado. O processo dos homicídios já está em andamento na Justiça do Rio Grande do Sul.
O inquérito das mortes das 242 pessoas foi encerrado no ano passado e atribuiu a responsabilidade pelo incêndio a dez pessoas, entre elas os proprietários Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, o produtor da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o vocalista Luciano Bonilha Leão.
Os quatro chegaram a ficar presos por cerca de três meses, mas foram soltos em maio de 2013. Eles respondem ao processo em liberdade.
Tragédia da Kiss completa 1 ano e famílias cobram indenizações e memorial