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Reconstituição da morte de Bernardo exigirá forte esquema de segurança, diz delegado

Polícia considera realizar uma acareação entre os três suspeitos do crime

Cidades|Fernando Mellis, do R7

Casal foi a uma festa um dia após a morte de Bernardo
Casal foi a uma festa um dia após a morte de Bernardo Casal foi a uma festa um dia após a morte de Bernardo

A pequena cidade de Três Passos, no interior do Rio Grande do Sul, está em choque após o único cirurgião-geral da cidade ser preso suspeito deenvolvimento na morte do próprio filho, Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos. Junto com ele, estão na cadeia a madrasta do menino, a enfermeira Graciele Boldrini, e uma amiga dela, a assistente social Edelvânia Wirganovicz. A Polícia Civil já anunciou que vai fazer a reconstituição do crime.

Para o diretor do Departamento de Polícia do Interior, da Polícia Civil do RS, Mário Wagner, caso os suspeitos queiram participar, a reconstituição, ainda sem data marcada, deverá ser complicada devido ao clamor popular.

— Vai ser muito difícil, vamos ter que montar um esquema de segurança muito grande. A cidade está em polvorosa.

A polícia retirou os três da cidade e não informou para onde eles foram levados, por questões de segurança. O delegado ressalta que já é certo o indiciamento deles pelo assassinato do menino. Segundo Wagner, a madrasta deverá prestar novo depoimento nos próximos dias.

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— Ainda estamos na dependência dos exames do Instituto Geral de Perícias para saber qual é a substância [que foi usada para a morte do menino], de onde veio, etc. Precisamos disso antes de interrogá-la.

Wagner diz que até agora não há indícios da participação física do médico na morte do filho. Ele diz acreditar que o pai agiu de outra forma, indireta. Leandro Boldrini nega envolvimento no crime. Os investigadores trabalham agora para identificar o papel de cada um no episódio.

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O crime

A polícia já sabe que Bernardo foi levado de Três Passos até a cidade de Frederico Westphalen, a 80 km de distância. Em um terreno naquela região, ele teria sido morto. O corpo foi encontrado na segunda-feira (14) envolto em um saco plástico e enterrado, após Edelvânia confessar ter ajudado Graciele e indicar o local onde o menino foi deixado.

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A principal suspeita é de que tenha sido usada uma injeção letal para matar Bernardo. Ele também pode ter sido dopado antes. Os investigadores apreenderam na casa do casal medicamentos, que vão passar por perícia. Na casa da assistente social, foram encontradas ferramentas usadas para cavar.

O carro da madrasta foi multado por excesso de velocidade em uma estrada que liga Três Passos a Frederico Westphalen. No veículo, os peritos encontraram terra. As amostras das ferramentas, do automóvel e do local do crime vão ser comparadas.

Bernardo pediu “nova família” antes de morrer, mas deu chance ao pai

A festa

Um dos episódios que mais chamou atenção dos policiais foi o fato de Leandro e Graciele terem ido a uma festa no sábado (5), um dia após o crime. No local, eles foram vistos em um camarote, bebendo espumante. Eles teriam gastado R$ 1.000 naquela noite, entre os convites e os drinks. 

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