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Se eu processar só eu vou ganhar e eu não quero isso, diz cadeirante que se arrastou para embarcar em voo

Katya Hemelrijk viajava do PR para SP e equipamento especial estava sem bateria

Cidades|Ana Ignacio, do R7

Após um fim de semana em Foz do Iguaçu, no Paraná, Katya Hemelrijk, 38 anos, e o marido se preparavam para embarcar de volta para São Paulo na madrugada desta segunda-feira (1º) quando se deparam com um imprevisto. Katya, que possui a doença osteogenesis imperfeita — conhecida como a “síndrome dos ossos de vidro” — é cadeirante e necessitava de um equipamento especial para embarcar no voo da GOL.

Katya quer mostrar que é possível lidar com adversidade
Katya quer mostrar que é possível lidar com adversidade Katya quer mostrar que é possível lidar com adversidade

No entanto, o aparelho estava sem bateria e ela precisaria esperar quatro horas para que fosse carregado. A outra alternativa era ser carregada para dentro. Sem possibilidade de se atrasar — Katya precisava trabalhar logo cedo em São Paulo —, ela mesma embarcou.

— Eu falei que não podia esperar e disse que não ia deixar ninguém me carregar, porque não é seguro.

Sentada, Katya subiu as escadas de embarque se arrastando e relata que pediu ao marido que registrasse o ocorrido.

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— Subi assim porque é mais seguro pra mim. Não foi para "causar" mais. Eu não tenho intenção de processar, nem causar sensacionalismo. Se eu processar só eu vou ganhar e eu não quero isso. São coisas que acontecem e que temos que relatar para que não aconteçam de novo. Eu pedi para ele [marido] tirar a foto para dar visibilidade para isso.

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Katya destaca, ainda, que sempre voa de GOL e que não teve nenhum tipo de problema com a empresa. Além disso, na madrugada de segunda, toda a tripulação foi atenciosa e a ajudou no processo de embarque. No entanto, o choque com a cena demonstra, para ela, que as pessoas não estão preparadas para lidar com algumas adversidades.

— A tripulação ficou desesperada. Na hora que me viram no chão, não entenderam que era mais seguro do que me carregar no colo. É constrangedor de qualquer forma, mas eles precisam entender que nem sempre a ajuda que eles propõem atende.

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Após o ocorrido, Katya recebeu uma ligação da GOL e a companhia informou que irá fazer um trabalho de conscientização com a equipe.

— A GOL foi extremamente atenciosa. Foi dito que vai ser montado um projeto de preparação da equipe. Estou à disposição para fazer um trabalho bacana. Temos uma paraolimpíadas pela frente. As pessoas precisam entender que é mais simples trabalhar com as adversidades.

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