A população do Grande Recife que depende de transporte público — mais de 2 milhões de pessoas — continua enfrentando, nesta quarta-feira (30), atrasos, superlotação e demora nas paradas e terminais de ônibus no terceiro dia de greve de motoristas, cobradores e fiscais.
A reunião de conciliação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) realizada durante seis horas, na tarde e noite desta terça-feira (29), não teve sucesso. Às 17h de hoje será julgado o dissídio coletivo da categoria.
Os trabalhadores querem 10% de aumento salarial e R$ 320 de vale-alimentação, atualmente de R$ 171. Os empregadores oferecem 5% de aumento linear para salários e vale-alimentação. Na negociação da terça-feira, propuseram 6,6% (índice de inflação), o que foi rejeitado.
A paralisação foi anunciada na semana passada e uma liminar concedida pelo TRT — a pedido dos empregadores — determinou que 100% da frota circulasse nos horários de pico, sob pena de pagamento de multa de R$ 100 mil.
No primeiro dia de paralisação, houve depredação de quatro ônibus — um deles queimado por passageiros revoltados — e dezenas tiveram pneus furados. No segundo dia, não houve depredações.
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