Sócio da boate Kiss tem bens bloqueados pela Justiça
Bloqueio garante parte das indenizações que possam ser pagas às famílias das vítimas
Cidades|Do R7, com Fala Brasil
Mauro Hoffmann, um dos sócios da boate Kiss, em Santa Maria, teve uma conta com cerca de R$ 500 mil, além de cinco imóveis em seu nome, bloqueada pela Justiça. Outros três bancos também foram notificados a informar caso também tenham contas em nome de Hoffmann.
Já Kiko Spohr, outro sócio da boate, tem uma revenda de pneus na cidade e deve R$ 3 milhões em impostos à União. A mãe e a irmã dele também estão sendo procuradas para prestar esclarecimentos sobre os bens. As duas são as responsáveis legais da boate.
O bloqueio tem o objetivo de garantir parte das indenizações que possam ser pagas às famílias das vítimas.
Um vídeo divulgado na internet pode complicar a defesa dos sócios da boate Kiss. Um homem, que se identifica como João Batista Veras, gravou um vídeo e publicou na internet acusando Mauro Hoffmann e Elissandro Spohr de usarem a boate Kiss, em Santa Maria, como negócio de fachada. Ele também cita irregularidades do ex-comandante dos bombeiros, que teria participado de um esquema para concessão de alvarás.
O vídeo já foi visto por milhares de pessoas e chamou a atenção da polícia. O delegado Sandro Meinerz disse que vai apurar as denúncias.
— No momento em que ele faz denúncias, que são pertinentes ao fato, para que elas tenham valor probatório para nosso inquérito, há necessidade da pessoa dizer isso formalmente e aí nós vamos buscar a conferência destas informações. Se forem verídicas, serão todas apuradas.
Incêndio
O incêndio na boate Kiss, ocorrido no dia 27 de janeiro, em Santa Maria, a 290 km de Porto Alegre, deixou 238 mortos e mais de cem feridos. O fogo teria começado quando a banda Gurizada Fandangueira se apresentava. Segundo testemunhas, durante o show foi utilizado um sinalizador — uma espécie de fogo de artifício chamado "sputnik" — que, ao ser lançado, atingiu a espuma do isolamento acústico, no teto da boate. As chamas se alastraram em poucos minutos.
Veja a cobertura completa da tragédia
Maioria das vítimas era de estudantes. Veja o perfil
Na terça-feira (29), o delegado regional da Polícia Civil em Santa Maria, Marcelo Arigony, informou que localizou a loja onde foi comprado o sinalizador. De acordo com Arigony, o artefato foi vendido regularmente, porém um funcionário da loja informou que a banda Gurizada Fandangueira queria comprar o mais barato para uso externo, mesmo sabendo que o seu uso seria interno. Ainda segundo a polícia, os donos da boate também sabiam dessa informação e teriam sido coniventes.
A casa noturna estava superlotada na noite da tragédia, segundo o Corpo de Bombeiros. Cerca de mil pessoas ocupariam o local. O incêndio provocou pânico e muitos não conseguiram acessar a única saída da boate. Os proprietários do estabelecimento não tinham autorização para organizar um show pirotécnico no local. Além disso, o alvará da casa estava vencido desde agosto de 2012.
Assista ao vídeo:
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