Trio de canibais de PE ficará internado em hospital psiquiátrico por 45 dias
Juíza aceitou pedido para que seja realizado exame de sanidade
Cidades|Do R7, com Rede Record
A Justiça de Olinda, em Pernambuco, decidiu, nesta quinta-feira (25), que o trio acusado de canibalismo ficará internado no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, de Ilha de Itamaracá (PE), por 45 dias. A juíza aceitou o pedido da defesa para que Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina da Silveira e Bruna Cristina Oliveira da Silva passassem por exame de sanidade mental.
A primeira audiência de instrução do processo que corre em Olinda aconteceu na Vara do Tribunal do Júri no Fórum da cidade. A próxima audiência está marcada para o próximo dia 14 de dezembro, data em que termina o tempo de internação.
A promotora Eliane Gaia Alencar disse que diante de todas as provas, indícios e depoimentos de todos, ela acredita na condenação dos acusados, mesmo com o pedido do termo de insanidade mental. Na avaliação dela, cada um deve receber pena de cerca de 25 anos de prisão.
Os três são acusados de três crimes: homicídio quadruplamente qualificado (crimes de motivo fútil, não deram chance de defesa, houve emprego de meio cruel e foi um crime com objetivo de assegurar); ocultação de cadáver; vilipêndio de cadáver (desrespeitar o corpo).
Para a audiência, tinham sido arroladas 17 testemunhas, das quais dez seriam ouvidas nesta quinta-feira. A promotoria desistiu de quatro e seis foram ouvidas: dois irmãos de Jorge, a dona da casa onde o corpo de Jéssica foi encontrado e outras três pessoas, entre elas um policial civil. As outras testemunhas vão ser ouvidas nas comarcas dos municípios onde moram.
Garanhuns
Em Olinda, o trio responde pela morte de Jéssica Camila da Silva Pereira. Há ainda contra os três outro processo, na cidade de Garanhuns, agreste pernambucano, onde são acusados pelos assassinatos de Giselly Helena da Silva, de 30 anos e Alexandra Falcão da Silva, 20. Os restos mortais das duas foram encontrados no fundo da casa onde os suspeitos viviam.