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Agência de risco retira selo de bom pagador do Brasil

Standard & Poor's decidiu cortar o rating do País para "BB+" ante "BBB-"

Economia|Do R7, com agências

A S&P foi a primeira das três principais agências de classificação de riscos a conceder ao Brasil o selo de bom pagador, em 2008
A S&P foi a primeira das três principais agências de classificação de riscos a conceder ao Brasil o selo de bom pagador, em 2008

A agência de classificação de riscos Standard & Poor's retirou o selo de bom pagador do Brasil nesta quarta-feira (9), ao cortar o rating do País para "BB+" ante "BBB-", após o governo brasileiro mudar o cenário fiscal para 2016, com uma projeção de déficit primário.

Além de retirar do Brasil o grau de investimento, a S&P sinalizou que pode colocar o Brasil ainda mais para dentro do território especulativo ao manter a perspectiva negativa para a nota brasileira.

O movimento da agência é um grande revés para o governo brasileiro, que enfrenta uma crise econômica e política e vinha buscando meios de se manter entre os países reconhecidos como bons pagadores pelas agências de classificação de riscos.

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Em nota, a agência atribui a retirada do grau de investimento aos desafios políticos do Brasil, que “continuam a aumentar, pesando sobre a capacidade e a vontade do governo em apresentar um orçamento para 2016 ao Congresso coerente com a correção política significativa sinalizada durante a primeira parte do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff”.


A S&P foi a primeira das três principais agências de classificação de riscos a conceder ao Brasil o selo de bom pagador, em abril de 2008, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E agora é a primeira a colocar o Brasil de volta ao grau especulativo.

Contração


A Standard & Poor's espera que a contração econômica do Brasil seja mais profunda e longa e que o País enfrente dois anos consecutivos de retração do PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todas as riquezas do País. Para 2015, a agência projeta que o PIB irá recuar 2,5%. Em 2016, a retração deve ser de 0,5%. A S&P acredita que o País somente voltará a crescer, ainda que modestamente, em 2017.

A avaliação consta no comunicado em que a S&P anunciou a retirada do grau de investimento do Brasil ao rebaixar o rating do País BBB- para BB+, mantendo a perspectiva da nota em negativa.

— Acreditamos que o perfil de crédito do Brasil enfraqueceu ainda mais desde 28 de julho, quando revisamos a perspectiva do Brasil para negativa. Naquele momento, sinalizamos riscos maiores de execução para as mudanças políticas corretivas já em andamento, resultantes principalmente das dinâmicas fluidas no Congresso associadas ao alastramento dos efeitos das investigações sobre corrupção na estatal de energia Petrobras. Nós agora vemos menos convicção, dentro do gabinete da presidente, sobre a política fiscal.

A agência disse ainda que as perspectivas de crescimento para o Brasil são inferiores às de países em um estágio semelhante de desenvolvimento, apesar dos esforços do governo com o ajuste fiscal e a aproximação dos setores produtivos. 

— Nós não vemos que estas medidas tenham melhorado o sentimento empresarial. Parece agora que o Brasil está mais longe de uma mudança para um crescimento positivo até que algumas incertezas políticas sejam resolvidas.

Desta forma, a agência espera que a vulnerabilidade externa do Brasil suba nos próximos anos e que o investimento estrangeiro direto seja incapaz de cobrir integralmente o déficit em conta corrente do Brasil.

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