Os bancários decidiram cruzar os braços a partir desta terça-feira (5) em todo o território nacional. A categoria anunciou que a greve será realizada por tempo indeterminado até terem suas reivindicações atendidas.
Durante a greve, os bancários garantem que os caixas de autoatendimento vão continuar funcionando para atender à população.
De acordo com os bancários, foi entregue uma pauta com as reivindicações no dia 9 de agosto e, após cinco rodadas de negociação com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), não houve acordo. A categoria reivindica reajuste salarial de 14,78%, enquanto os patrões propõem 6,5%.
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Se descontada a inflação, a proposta dos bancários visa um reajuste com ganho real de quase 5% e a sugestão dos bancos representa uma perda real de 2,8%. A inflação oficial fechou os 12 meses anteriores ao dissidio da categoria em 9,57%. Nos últimos 12 anos, os bancários conseguiram aumento real acumulado entre 2004 e 2015 de 20,85% e 42,1% no piso.
A presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, Juvandia Moreira, a proposta dos patrões "retoma a política de reajuste rebaixado". Ela ressalta que a defesa do emprego é uma das prioridades da campanha deste ano.
— Esperamos que a Fenaban volte para a mesa de negociação e apresente proposta que possa ser aceita pelos bancários.
Além do reajuste, os bancários também reivindicam PLR de três salários mais R$ 8.297,61; fixação do piso salarial em R$ 3.940; vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche; 14º salário; fim das metas abusivas; fim das demissões; melhores condições de trabalho; mais segurança nas agências, e; auxílio-educação.