Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Banco Central mantém juros básicos em 14,25% ao ano pela sétima vez seguida

Decisão era esperada por analistas, que preveem manutenção do índice até o fim do ano

Economia|Da Agência Brasil

Ilan Goldfajn vai assumir as próximas reuniões do Copom
Ilan Goldfajn vai assumir as próximas reuniões do Copom Ilan Goldfajn vai assumir as próximas reuniões do Copom

Pela sétima vez seguida, o BC (Banco Central) não mexeu nos juros básicos da economia. Por unanimidade, o Copom (Comitê de Política Monetária) manteve nesta quarta-feira (8) a taxa Selic em 14,25% ao ano.

A decisão era esperada pelos analistas, que preveem que a taxa permanecerá inalterada até o fim do ano.

Essa foi a última reunião do Copom comandada por Alexandre Tombini, que deverá assumir o posto de representante do Brasil no FMI (Fundo Monetário Internacional). A partir do próximo encontro, em 19 e 20 de julho, o comitê será presidido por Ilan Goldfajn, cuja indicação para a presidência do Banco Central foi aprovada na terça-feira (7) pelo Senado.

Os juros básicos estão nesse nível desde o fim de julho do ano passado. Com a decisão do Copom, a taxa se mantém no mesmo percentual de outubro de 2006. A Selic é o principal instrumento do banco para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Publicidade

Oficialmente, o Conselho Monetário Nacional estabelece meta de 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos, podendo chegar a 6,5%. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA acumulou 9,32% nos 12 meses encerrados em maio, depois de atingir o recorde de 10,71% nos 12 meses terminados em janeiro.

No Relatório de Inflação, divulgado no fim de março pelo Banco Central, a autoridade monetária estima que o IPCA encerre 2016 entre 6,6% e 6,9%. O mercado está mais pessimista. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, o IPCA fechará o ano em 7,12%.

Publicidade

Há três semanas seguidas, o mercado eleva a estimativa de inflação. Apesar da queda do dólar, o impacto de preços administrados, como a elevação da conta de água em várias capitais, tem contribuído para a manutenção dos índices de preços em níveis altos. Nos próximos meses, a expectativa é que a inflação desacelere por causa do agravamento da crise econômica.

Embora ajude no controle dos preços, o aumento ou a manutenção da taxa Selic em níveis elevados prejudica a economia. Isso porque os juros altos intensificam a queda na produção e no consumo. Segundo o boletim Focus, os analistas econômicos projetam contração de 3,88% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) em 2016. No Relatório de Inflação, o BC prevê retração de 3,5%.

A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.