Banco Central mantém taxa básica de juros em 6,5% ao ano pela 2ª vez
Decisão do Copom, órgão do BC, seguiu a expectativa do mercado, que já estava preparado para a manutenção da taxa
Economia|Giuliana Saringer, do R7
O Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central), decidiu manter a taxa básica de juros da economia em 6,5% ao ano em reunião nesta quarta-feira (20). A decisão seguiu a expectativa do mercado financeiro.
A taxa já havia sido mantida em 6,5% em maio deste ano, resultado que interrompeu a série de reduções da taxa, que estavam acontecendo desde agosto de 2016. Na época, a Selic era de 14,25% ao ano. De lá para cá, a taxa teve 12 reduções consecutivas, até atingir o patamar de 6,5% ao ano.
O Copom decidiu manter a taxa porque "a paralisação no setor de transporte de cargas no mês de maio dificulta a leitura da evolução recente da atividade econômica".
A manutenção da taxa foi decisão unânime dos membros do Copom — Ilan Goldfajn (Presidente), Carlos Viana de Carvalho, Carolina de Assis Barros, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso, Paulo Sérgio Neves de Souza, Reinaldo Le Grazie, Sidnei Corrêa Marques e Tiago Couto Berriel.
O que é a Selic?
A Selic é conhecida como táxa básica de juros, porque a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado.
A taxa básica de juros também serve como principal instrumento de para manter a inflação próxima da meta, que é de 4,5%. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.
Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.