BC opta pela manutenção dos juros básicos em 14,25% pela 9ª vez seguida
Após dois dias de reunião, Copom decidiu manter a Selic no maior patamar desde 2006
Economia|Do R7
O Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central), definiu nesta quarta-feira (31) que a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, permanecerá no patamar atual de 14,25% ao ano por, no mínimo, mais 45 dias.
A decisão de manter, pela nona vez seguida, a Selic no mais alto patamar desde outubro de 2006 foi unânime e tomada após dois dias de reunião.
Além de Goldfajn, votaram a favor da manutenção Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Viana de Carvalho, Isaac Sidney Menezes Ferreira, Luiz Edson Feltrim, Otávio Ribeiro Damaso, Reinaldo Le Grazie, Sidnei Corrêa Marques e Tiago Couto Berriel.
Na nota com o resultado da reunião, o Copom afirma que "uma flexibilização das condições monetárias dependerá de fatores que permitam maior confiança no alcance das metas para a inflação nos horizontes relevantes para a condução da política monetária, em particular da meta de 4,5% em 2017".
Ao manter a taxa no patamar atual, o BC manifesta que a inflação ainda não está totalmente controlada, mas não deve subir nos próximos meses. A percepção é possível porque a Selic serve como um dos instrumentos da economia para manter a inflação de preços controlada. O fato acontece porque os juros mais altos fazem o crédito ficar mais caro, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.
A decisão do Copom atende às expectativas do mercado, feita semanalmente economistas de diversas instituições financeiras e divulgada pelo BC.
Selic
A Selic é conhecida como taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado. A taxa é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.
Em linhas gerais, a Selic é a taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores são sempre superiores à Selic.
A Selic só influencia o rendimento da poupança quando é igual ou inferior a 8,5% ao ano. Ou seja, com a taxa no patamar atual, vale mais a pena buscar alternativas mais atrativas de investimento.