Brasil tem 24,3 milhões de trabalhadores mal aproveitados
Número inclui desempregados, quem poderiam trabalhar mais e mão de obra desperdiçada
Economia|Do R7
O Brasil encerrou o ano passado com a marca de 24,3 milhões de desempregados mal aproveitados, de acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra por Domicílio), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (23). Esse contingente representa 22,2% do mercado de trabalho.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho agrega a taxa de desocupação, taxa de subocupação por insuficiência de horas e da força de trabalho potencial.
O indicador ficou acima dos 17,3% registrados no mesmo período de 2015 e dos 14,9% constatados no final de 2014.
Somente na passagem de 2015 para 2016, o Brasil ganhou 5,8 milhões de trabalhadores mal utilizados, uma vez que, na ocasião, havia 18,5 milhões de brasileiros nesta situação — aumento de 31,4%.
Desocupação
Conforme já informado pelo IBGE no final de janeiro, o Brasil encerrou 2016 uma taxa de desocupação de 12% — Norte (12,7%), Nordeste (14,4%), Sudeste (12,3%) têm taxas acima da média nacional, enquanto ficaram abaixo da marca as regiões Sul (7,7%) e Centro-Oeste (10,9%).
Entre jovens de 18 a 24 anos de idade, a taxa de desocupação continua maior que a média nacional: 25,9%. Já nos grupos de pessoas de 25 a 39 de idade e de 40 a 59 anos de idade, este indicador foi de 11,2% e 6,9%, respectivamente.
A desocupação entre homens é menor que a de mulheres: 10,7% contra 13,8% delas.
Salários
O IBGE também informou o salário médio do brasileiro no 4º trimestre de 2016, considerando pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência. O rendimento de trabalho foi estimado em R$ 2.043 — praticamente os mesmos R$ 2.026 registrados no 3º trimestre de 2016 e os R$ 2.033 do 4º trimestre de 2015.