Caixa reduz de 90% para 80% valor que pode ser financiado do imóvel
Medida atinge Minha Casa Minha Vida e as linhas pró-cotista e SFH
Economia|Do R7, com Reuters e Estadão Conteúdo
A Caixa Econômica Federal reduziu nesta quarta-feira (16) os limites de financiamento imobiliário, apertando mais as condições para o setor que tem sofrido com escasseamento de recursos.
O banco estatal, principal financiador para compra de imóveis do País, com cerca de 68% de participação no mercado, informou a agentes imobiliários que o teto financiável das principais linhas de crédito do banco caiu de 90% para 80%.
A medida atinge as linhas para o programa de habitação popular Minha Casa Minha Vida; a pró-cotista, com recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço); além do SFH (Sistema Financeiro da Habitação), fundeada pela caderneta de poupança, segundo documento repassado pelo banco a agentes imobiliários.
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A alteração nos limites vale para a tabela SAC (Sistema de Amortização Constante), a mais usada, modelo pelo qual os valores das prestações são decrescentes.
Já na tabela Price, com prestações constantes, a Caixa decidiu manter o teto no caso do programa Minha Casa, Minha Vida. Reduziu, entretanto, de 70% para 60% o limite para imóvel usado financiado pela linha Pró-Cotista e de 80% para 70% no financiamento de imóveis com recursos CCFGTS.
Consultada, a Caixa afirmou em comunicado que as medidas visam à adequação em relação à política de alocação de capital e que devem impactar menos de 10% dos clientes que procuram financiamento imobiliário no banco. Os clientes que já deram entrada no seu contrato de crédito imobiliário junto à Caixa, conforme uma fonte, têm um prazo para finalizá-lo nos tetos antigos.
Em julho, a Caixa havia anunciado que a linha pró-cotista seria retomada apenas em 2018, que tinha sido suspensa em maio, devido a falta de recursos.
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