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Com nova metodologia, economia brasileira de 2010 e 2011 cresce mais

IBGE divulgou nova série do PIB com revisão da ONU, FM, OCDE e Banco Mundial

Economia|Do R7

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Segundo o IBGE, na nova série, o PIB chegou a R$ 3,887 trilhões, em 2010, e a R$ 4,375 trilhões em 2011
Segundo o IBGE, na nova série, o PIB chegou a R$ 3,887 trilhões, em 2010, e a R$ 4,375 trilhões em 2011

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quarta-feira (11) o crescimento da economia brasileira em 2010 e 2011 com uma atualização na metodologia que aumentou o avanço do PIB (Produto Interno Bruto), soma de todas as riquezas produzidas pelo País.

Com a nova metodologia, o crescimento do País em 2010 foi de 7,6% (acima dos 7,5% divulgados na série antiga) e de 3,9% em 2011 (também maior do que os 2,7% da série antiga).


Segundo o IBGE, na nova série, o PIB chegou a R$ 3,887 trilhões, em 2010, e a R$ 4,375 trilhões em 2011, e as variações em volume foram de 7,6% e de 3,9%, respectivamente.

Em média, os valores correntes do PIB de 2000 a 2011, na nova série, ficaram 2,1% acima dos valores da série antiga. Nesse período, a taxa média anual de crescimento foi revisada de 3,5% na série anterior para 3,7% no SCN (Sistema de Contas Nacionais) 2010.


Essa mudança aconteceu para incorporar as recomendações da mais recente revisão do manual de Contas Nacionais organizado por ONU (Organização das Nações Unidas), FMI (Fundo Monetário Internacional), OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e Banco Mundial.

Além de atualizações metodológicas, a nova série apresenta uma classificação mais detalhada de produtos e atividades, integrada à CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) 2.0, e incorpora dados do Censo Agropecuário de 2006 e da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008/09.


A nova série das Contas Nacionais Trimestrais (até 2014) será divulgada no dia 27 deste mês, e os resultados anuais definitivos de 2012 e 2013 serão conhecidos em novembro.

Este gráfico compara os valores correntes do PIB, de 2000 a 2011, antes e depois da revisão metodológica
Este gráfico compara os valores correntes do PIB, de 2000 a 2011, antes e depois da revisão metodológica

Setores


O IBGE afirma que, pela ótica da produção, a revisão da série não teve impacto significativo na estrutura econômica quando desagregada nos três grandes grupos de atividades: agropecuária, indústria e serviços.

Houve uma pequena redução da participação da agropecuária (de 5,3% para 4,9% em 2010, e de 5,5% para 5,1% em 2011) e da indústria (de 28,1% para 27,4% em 2010, e de 27,5% para 27,2% em 2011), e o consequente aumento dos serviços (de 66,6% para 67,8% em 2010, e de 67,0% para 67,7% em 2011).

A abertura dos grupos de atividades para 2010 evidencia o impacto da inclusão de mudanças na classificação de atividades (CNAE 2.0). Por exemplo, por causa da transferência da atividade de edição de livros, jornais e revistas da indústria para os serviços, estes ganham peso na nova série do SCN.

Já pela ótica da despesa, com a revisão metodológica, cresceu a taxa de investimento — participação da FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo) no PIB —, de 19,5% para 20,6%, em 2010 e de 19,3 para 20,6% em 2011. O conceito de FBCF foi ampliado e passou a incorporar os gastos com os produtos de propriedade intelectual — P&D, software e exploração mineral — antes tratados como consumo intermediário.

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