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Comércio espera retração em 2014 com IPTU caro e pequena alta do mínimo

Os dois fatores afetarão bolso do consumidor e do empresário, segundo a Fecomercio

Economia|Vanessa Beltrão, do R7

A projeção é que o crescimento do varejo do Estado de SP em 2014 não passe de 3%, menor do que a deste ano que deve ser de 4%
A projeção é que o crescimento do varejo do Estado de SP em 2014 não passe de 3%, menor do que a deste ano que deve ser de 4%

Em um cenário de queda na confiança do empresário do comércio e das famílias e o aumento do endividamento em 2013, o varejo também está cauteloso para 2014.

Segundo o diretor-executivo da Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), Antônio Carlos Borges, a menor expansão do salário mínimo no ano que vem, de apenas 0,9%, a mais baixa variação desde 2011, e o aumento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) provocarão problemas nos custos dos consumidores e dos proprietários.

A projeção do órgão é que o crescimento do varejo do Estado de São Paulo em 2014 não passe de 3%, menor do que a expansão deste ano que deve ser de 4%.

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Já na capital paulista, a estimativa de avanço é de 3,7% em 2014, maior do que em 2013 (3%), mesmo com o aumento do IPTU que será um custo a mais.

Para o ano que vem, o teto máximo de aumento para imóveis residenciais na capital será de 20%, enquanto ele chegará a 35% para os comerciais, afetando diretamente o bolso do consumidor e do empresário.


Mesmo assim, perspectiva de uma inflação baixa, a manutenção do nível de emprego e o aumento de renda devem segurar esse avanço de apenas um dígito no Estado e na capital.

— A manutenção do nível de emprego, o crescimento real não nos vai permitir um forte desempenho, mas não vamos entrar numa crise no próximo ano. Vai esfriando.


Os números foram apresentados nesta quarta-feira (11) pela Fecomercio-SP na apresentação do balanço de 2013 do setor e as perspectivas para o ano que vem.

Inflação e protestos

Neste ano, o aumento da inflação, o crescimento baixo e os protestos populares afetaram o ICF (Intenção de Consumo das Famílias) que em 2013 foi, em média, pior desde o início da série histórica, em agosto de 2009. A pontuação média do indicador foi de 128 pontos de janeiro a novembro, enquanto que no mesmo período de 2012, foi de 141 pontos.

A confiança do empresário também anda abalada. Em 2013, ficou 1,8% abaixo da média em 2012. A insegurança também é refletida na formação de estoques, pois hoje muitos proprietários têm ainda muita dificuldade em saber o quantitativo de produtos que precisam abastecer.

Copa do mundo

Segundo a Fecomercio-SP, o efeito Copa do Mundo será refletido em oportunidades de emprego nas cidades-sedes, porém ainda não é possível calcular esse impacto no varejo.

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