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Conta de luz vai continuar cara até o ano que vem, afirma presidente da Copel

Luiz Vianna atribui o encarecimento no preço da energia ao uso das usinas termelétricas

Economia|Alexandre Garcia, do R7, em Foz do Iguaçu*

Conta de Luz tem pressionado a inflação de preços nos últimos meses
Conta de Luz tem pressionado a inflação de preços nos últimos meses Conta de Luz tem pressionado a inflação de preços nos últimos meses

O preço das contas de luz deve continuar pesando no orçamento das famílias brasileiras até o ano que vem, de acordo com o presidente da Copel (Companhia Paranaense de Energia) — que atende áreas de dez Estados brasileiros —, Luiz Fernando Vianna.

Segundo Vianna, que participa do sexto Fórum Mundial de Meio Ambiente, em Foz do Iguaçu, o valor da energia elétrica vai pressionar ainda mais a inflação de preços ao consumidor. Ele avalia o uso das usinas termelétricas como o principal motivo da alta.

— Vamos atravessar todo o período de seca gerando térmicas em 2015. Neste final de ano, mesmo que chova muito, não vai dar para encher esses reservatórios. Então, em 2016 vamos ter também um grande volume de geração de usinas termelétricas. Ou seja, a energia vai continuar cara, mesmo com a queda do consumo.

De acordo com o secretário do Planejamento e Coordenação Geral do Paraná, Sílvio Barros, o encarecimento da energia tem origem no corte do preço estabelecido pela MP (Medida Provisória) 579, de 2012.

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— Agora a gente tá percebendo que não poderia ser feito isso [baixar o preço da energia] em hipótese alguma, porque aumentou o consumo de uma coisa que nós não tínhamos.

Vianna, que compartilha da mesma ideia de Barros, afirma que a situação impulsionou o uso das usinas térmicas, que ,se não existissem no País, faria com que situação atual fosse de uma "colapso", porque "apesar de caras, elas estão conseguindo evitar um apagão".

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— Logo depois dessa medida [579], iniciou-se a geração de usinas térmicas para suprir o fornecimento de energia no País porque os reservatórios estavam em níveis baixos.

O presidente da companhia observa ainda que o governo poderia ter estabelecido um corte preventivo na distribuição de energia desde o ano passado para evitar a situação atual.

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— Se tivesse feito o racionamento de 5% ao mês, nossos reservatórios estariam em uma situação melhor.

Novas usinas 

O executivo avalia que a finalização das obras das hidrelétricas de Jirau, Belo Monte e Santo Antônio é muito importante. Ele acredita que o preço da energia poderia não ter chegado ao patamar no caso das usinas estarem totalmente prontas.

— Se essas usinas não tivessem em atraso, teríamos mais geração de energia hidrelétrica renovável, que é bem mais barata, e talvez, a tarifa poderia estar já é bem mais em conta.

Para Vianna, as três obras sofrem com diversos entraves por estarem localizadas na região da Amazônia e pela falta de compreensão da necessidade delas estarem em operação.

— Em consequência dessas dificuldades, elas estão em atraso.

* O jornalista viajou a convite do Lide (Grupo de Líderes Empresariais)

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