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Contaminação de núcleos de inflação exigiu alta dos juros, diz BC

Ciclo de alta da Selic iniciado em março elevou a taxa básica de juros da economia a 2,75% ao ano

Economia|Do R7

BC aposta em inflação de 5% ao final de 2020
BC aposta em inflação de 5% ao final de 2020 BC aposta em inflação de 5% ao final de 2020

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a classificar os choques inflacionários no Brasil como temporários mas reafirmou que a autoridade monetária já enxerga a contaminação de outros núcleos inflacionários e, por isso, iniciou o atual ciclo de alta nos juros.

"Entre uma reunião e outra do Copom (Comitê de Política Monetária), a projeção para a inflação de 2021 saltou de 3,4% para 5%. A maior parte dessa diferença foi causada pelo efeito das commodities. Começamos a ver alguma contaminação em outros núcleos e começamos o que chamamos de processo de normalização parcial, o que é sempre difícil de explicar enquanto o País ainda sofre os efeitos da pandemia", afirmou, em participação no Encontro de Primavera do FMI (Fundo Monetário Internacional) com o Banco Mundial, gravada no dia 1º de abril.

Campos Neto voltou a alegar que, quando o Copom baixou a Selic para 2% ao ano - em agosto do ano passado - o BC esperava um cenário que não chegou a se realizar, de uma retração maior da economia e uma inflação abaixo do piso da meta para 2020. "Isso nunca se realizou", completou.

O presidente do BC repetiu a avaliação de que o Brasil continua demandando uma política monetária estimulativa, e por isso o Copom tem chamado o novo ciclo de "normalização parcial". Mais uma vez, ele apontou que o emprego formal está se recuperando muito rápido, mas ressaltou ainda enxergar problemas na força de trabalho informal.

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Programas de crédito

O presidente do Banco Central citou nesta terça dificuldades de programas de crédito para empresas com garantia de emprego, como o Programa Emergencial de Suporte a Empregos (Pese), lançado em abril do ano passado. A estimativa do governo era de que a linha de crédito beneficiasse até 12,2 milhões de empregados em 1,4 milhão de firmas, mas o programa não decolou.

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"Muitas empresas são muito céticas em garantir o emprego porque não estavam vendo como seria o futuro. Esse programa teve uma adesão baixa porque da forma como foi desenhado as companhias tiveram medo de manter a promessa de manter o emprego", afirmou Campos Neto.

Sobre os demais programas de crédito lançados durante a pandemia Campos Neto citou dificuldades para saber se dinheiro está chegando às pequenas empresas. O Ministério da Economia já anunciou que deve reabrir o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) nas próximas semanas.

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