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Croatas têm melhores salários e custo de vida mais baixo que brasileiros, mas desemprego é alto

Enquanto taxa de desemprego está em 4,9% no Brasil, Croácia registra índice de 21%

Economia|Diego Junqueira, do R7

Croácia tem uma das maiores taxas de desemprego da Europa
Croácia tem uma das maiores taxas de desemprego da Europa Croácia tem uma das maiores taxas de desemprego da Europa

Brasil e Croácia entram em campo nesta quinta-feira (12) para a partida inaugural da Copa do Mundo 2014. Se a disputa fosse no campo econômico, a vitória brasileira estaria garantida, porque os indicadores do gigante país são bem superiores aos dos croatas.

Olhando de perto os dados macroeconômicos, a situação dos países é oposta. Enquanto o Brasil tem o sétimo maior PIB do mundo (US$ 2,435 trilhões), a Croácia fica em 76º lugar, com US$ 56 bilhões produzidos em 2013.

A vantagem do Brasil contra a Croácia, no entanto, para por aí, já que os demais indicadores apontam a supremacia croata.

Mas, ao dividir essa riqueza pela população total, utilizando o PIB per capita PPP (“paridade do poder de compra”, estimativa que não apenas divide o valor bruto do PIB pela população, mas considera o custo de vida local), o Brasil tem sua primeira derrota. Enquanto o PIB per capita PPP aqui é de R$ 22.887 (US$ 10.263), na Croácia chega a R$ 36.011 (US$ 16.148).

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Os dados são do agregador de indicadores Trading Economics, que atualiza diariamente informações econômicas de boa parte do mundo.

Já quando a disputa é no campo da inflação, os brasileiros perdem mais uma vez: 6,37% para os brazucas, contra - 0,5% dos croatas. Isso mesmo, nossos adversários de hoje registraram deflação de preços nos últimos 12 meses.

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A taxa de juros básica brasileira, conhecida por ser uma das mais altas do mundo, também é superior à dos europeus: 11% contra 5%.

Lá, a média salarial dos trabalhadores também é superior. Enquanto os ganhos médios aqui são de R$ 2.046 (US$ 917), lá chega a 5.502 kunas (US$ 983).

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A economia verde-amarela perde também no salário mínimo: R$ 724 contra R$ 1.207 (400 euros).

Emprego, o fiel da balança

Apesar do baile, o Brasil não perde essa partida. O que coloca o Brasil em uma melhor situação econômica é sua alta taxa de trabalhadores empregados.

Enquanto o desemprego no Brasil está em 4,9%, na Croácia o quadro é alarmante: 21,1%. Isso significa que, a cada cinco trabalhadores ativos, um está sem trabalho.

Isso é reflexo da crise econômica de 2008, que impactou o crescimento de vários países europeus.

Exemplo disso é o PIB croata, que registrou queda de 0,4% no 1º trimestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2013. A Croácia assiste à sua economia recuar desde o último trimestre de 2011. Já o Brasil teve 1,9% no “primeiro tri” de 2014 — e indicadores positivos nos últimos três anos.

O baixo crescimento é o que vem provocando o desemprego e também razão porque o país registra deflação: apesar do alto salário (em comparação ao Brasil), o desemprego leva a uma queda no consumo. Consequentemente, isso provoca uma baixa nos preços de mercado. É por isso também que os juros acabam caindo, para estimular a tomada de crédito e o consumo.

Com uma economia mais vitaminada que a dos croatas, os preços brasileiros também estão mais salgados.

De acordo com o site Numbeo, que compara custo de vida em várias partes do mundo, o custo do aluguel é 37% menor na Croácia, que tem poder de compra quase 20% maior. Nesse quesito, verdade seja dita, quem sai ganhando é o bolso dos croatas.

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