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Dengue: produção de repelente cresce 11 vezes, mas procura é muito maior

Matéria-prima importada da Alemanha é produzida por apenas uma fábrica

Economia|Joyce Carla, do R7

Dengue e chikungunya podem fazer procura por repelentes continuar alta nos próximos meses
Dengue e chikungunya podem fazer procura por repelentes continuar alta nos próximos meses Dengue e chikungunya podem fazer procura por repelentes continuar alta nos próximos meses

A epidemia de dengue em diversas cidades do Sudeste causou uma procura por repelentes muito maior do que a expectativa das empresas fabricantes do produto. A busca dos consumidores causou a falta do produto nas farmácias.

O diretor-geral do laboratório Osler, Paulo Guerra, afirma que aumentou em 11 vezes a produção de repelente neste ano em relação ao ano passado, mas a procura foi muito maior, de até 17 vezes.

— Entre janeiro e abril do ano passado, produzimos 100 mil frascos. Neste ano, foram 1,1 milhão de unidades. O aumento da produção foi gigantesco, mas a demanda é maior ainda. Isso faz com que nem todos os consumidores consigam comprar o produto.

Guerra lembra que, em outra epidemia, a da gripe aviária, houve falta de álcool gel, que não tem componentes importados.

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— Durante epidemias, é comum que haja dificuldade para encontrar esse tipo de produto. O repelente está chegando regularmente às farmácias, mas a procura dos consumidores continua grande, principalmente nessas últimas três ou quatro semanas, e há limitações, como transporte e armazenagem.

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Segundo o diretor-executivo da Ultrafarma, Marcos Ferreira, há uma lista de 1.800 clientes esperando um repelente específico, que possui Icaridina em sua fórmula. Ele afirma ainda que, recentemente, havia comprado mil unidades desse repelente, e o estoque esgotou em uma hora.

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— Em março, a procura dos consumidores por repelentes aumentou entre 25% e 30%.

Preparação

Guerra explica que a Icaridina — princípio ativo de alguns repelentes — é importada da Alemanha e que apenas uma fábrica oferece a substância. O diretor-geral afirma que já está se preparando para o próximo ano.

— Vamos aumentar para uma quantidade continental, para conseguir atender o Brasil inteiro e minimizar a falta do produto.

Alguns problemas são avaliados pela empresa que podem fazer a procura por repelente aumentar no próximo verão: a seca e o consequente armazenamento de água nas casas, além da temperatura do inverno e do chikungunya.

— Se tivermos um inverno quente, como foi o do ano passado, os mosquitos continuarão a se reproduzir e aumentarão as chances de transmissão da doença. Se o inverno for frio, muitos deles podem morrer nesse período. Outra incógnita é a chikungunya. Por enquanto, ela está restrita a algumas cidades. Se a doença se espalhar, os consumidores vão procurar mais repelente para se prevenir contra as duas [dengue e febre chikungunya].

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