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Desigualdade no Brasil atinge menor valor em dez anos, diz IBGE

Índice de Gini, que mede concentração de renda, caiu para 0,486 em 2022, com aumento da ocupação e liberação do Auxílio Brasil

Economia|Do R7

Índice que mede a desigualdade recuou de 0,499 para 0,486
Índice que mede a desigualdade recuou de 0,499 para 0,486 Índice que mede a desigualdade recuou de 0,499 para 0,486

O índice que mede a concentração e desigualdade de renda caiu ao menor nível desde 2012, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

De acordo com a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) – Rendimento de Todas as Fontes 2022, o índice de Gini do rendimento médio mensal real habitualmente recebido de todos os trabalhos foi de 0,486, o menor valor já registrado pelo estudo, iniciado há dez anos.

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Desenvolvido pelo matemático italiano Conrado Gini, o índice de Gini mede distribuição, concentração e desigualdade econômica em determinado grupo. O indicador varia de 0 (perfeita igualdade) a 1 (máxima concentração e desigualdade).

O arrefecimento da crise provocada pela pandemia de coronavírus, com o aumento substantivo do número de ocupados, e a criação do Auxílio Brasil, benefício social mais robusto, que destinou recursos a mais de 20 milhões de brasileiros, influenciaram positivamente o resultado.

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A análise da série histórica do índice de Gini do rendimento médio mensal real habitualmente recebido de todos os trabalhos mostra que, entre 2012 e 2015, houve uma tendência de redução desse indicador, que passou de 0,504 para 0,490. A partir de 2016, entretanto, o índice aumentou para 0,498, valor no qual se manteve em 2017, e alcançou os maiores valores da série (0,506) em 2018 e 2019.

Com a chegada da pandemia de Covid-19 e a redução brusca de ocupação, sobretudo entre os trabalhadores precariamente inseridos no mercado de trabalho, a desigualdade do rendimento do trabalho diminuiu e fez o índice de Gini cair a 0,500 em 2020 e oscilar para 0,499 em 2021.

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Regiões

As estimativas do Gini do rendimento do trabalho para 2022 foram as menores da série em quase todas as regiões, exceto pela Norte, onde o menor patamar ocorreu em 2021. As regiões Sul (0,430) e Centro-Oeste (0,473) têm os menores índices, enquanto o Nordeste (0,501) apresenta o maior, o que confirma o local como aquele com a distribuição de rendimentos mais desigual.

Na passagem de 2021 para 2022, as regiões Nordeste e Sudeste apresentaram as maiores reduções no índice (queda de 0,020 cada), ao passo que apenas a região Norte teve aumento da desigualdade do rendimento do trabalho no período (alta de 0,006).

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