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Dilma confirma Joaquim Levy como novo ministro da Fazenda

Nelson Barbosa vai comandar o Planejamento e Tombini continua no Banco Central

Economia|Carolina Martins, do R7, em Brasília


Levy tem histórico de indisposição com petista no governo Lula
Levy tem histórico de indisposição com petista no governo Lula

Um mês após vencer as eleições presidenciais e depois de enfrentar muita especulação e oscilação do mercado financeiro, a presidente Dilma Rousseff confirmou, nesta quinta-feira (27), o nome de Joaquim Levy como novo ministro da Fazenda.

Em nota emitida pelo Palácio do Planalto, a presidente agradeceu ao atual chefe da economia, Guido Mantega, por seu "papel fundamental no enfrentamento da crise econômica internacional, priorizando a geração de empregos e a melhoria da renda da população".

A escolha do ex-secretário do Tesouro Nacional sinaliza que a presidente deve abrir mão de algumas ingerências na pasta. Isso porque Levy esteve no comando do Tesouro durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando Antonio Palocci era ministro da Fazenda, e comprou várias brigas com os petistas.

Esses desentendimentos do passado demonstram que Levy tem um perfil mais independente e deve agir com mais autonomia. Postura diferente da de Guido Mantega, que deixa a Fazenda após oito anos à frente da pasta e sob uma enxurrada de críticas a respeito do comando da política econômica do País.


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Formado em Engenharia Naval, Levy tem doutorado em Economia pela Universidade de Chicago e mestrado, também em Economia, pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Para assumir a Fazenda, Levy vai deixar a administração de um dos fundos do banco Bradesco.

Nelson Barbosa no Planejamento


Para integrar a nova equipe econômica, Dilma também chamou Nelson Barbosa para ser o novo ministro do Planejamento, substituindo Miriam Belchior.

O Planalto também agradeceu à ministra Miriam pela condução das obras do PAC e do orçamento federal.

Barbosa volta para o primeiro escalão do governo Dilma pouco mais de um ano após deixar o cargo de secretário-executivo do Ministério da Fazenda.

Em junho do ano passado, Barbosa deixou o ministério por falta de sintonia com o secretário do Tesouro, Arno Augustin, em torno da política econômica do País. Com a escolha de Barbosa para assumir o Planejamento, a expectativa é de que Augustin deixe o Tesouro.

Apesar de Barbosa não ser considerado um nome ligado ao mercado, pesou a seu favor a vontade pessoal de Dilma, que tem um bom relacionamento com ele. Além do segundo posto mais importante na Fazenda, ele também ocupou a Secretaria de Acompanhamento Econômico, entre 2007 e 2008, e a Secretaria de Política Econômica entre 2008 e 2010. 

Sem mudanças no BC

No BC (Banco Central), Alexandre Tombini continua sendo o chefe. O nome dele chegou a ser cogitado para assumir a Fazenda, mas Dilma preferiu mantê-lo no cargo que ocupa desde 2011. Dessa forma, Dilma garante o espaço de influência nas decisões da autoridade monetária.

Alexandre Tombini tem um perfil técnico e é servidor de carreira do Banco Central. Concursado desde 1998, Tombini é formado em Economia pela Universidade de Brasília e tem Ph.D. em Economia na Universidade de Illinois. 

Leia a nota oficial do Palácio do Planalto:

A presidenta Dilma Rousseff anunciou, hoje, três nomes da equipe econômica do seu ministério.

Para o ministério da Fazenda, a presidenta indicou o sr. Joaquim Levy. O novo titular do Ministério do Planejamento será o sr. Nelson Barbosa. O ministro Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, foi convidado a permanecer no cargo.

Os ministros Mantega e Miriam permanecerão em seus cargos até que se conclua a transição e a formação das novas equipes de seus sucessores.

A presidenta agradeceu a dedicação do ministro Guido Mantega, o mais longevo ministro da Fazenda do período democrático. Em seus doze anos de governo, Mantega teve papel fundamental no enfrentamento da crise econômica internacional, priorizando a geração de empregos e a melhoria da renda da população.

À frente do Ministério do Planejamento, a ministra Miriam Belchior conduziu com competência o andamento das obras do PAC e a gestão do Orçamento Federal.​

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