O índice acumulado nos últimos 12 meses manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013
José Paulo Lacerda/CNIO número de trabalhadores assalariados da indústria caiu 0,8% em agosto deste ano, na comparação com o mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais. Com isso, o total do pessoal ocupado acumula perda de 5,6% neste ano (de janeiro a agosto).
Na comparação de agosto deste ano contra o mesmo mês de 2014, a queda foi de 6,9%, o 47º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso da série histórica.
O índice acumulado nos últimos 12 meses, ao recuar 5,1%, em agosto de 2015, manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013 (-1,0%).
Setores
Na comparação de agosto/2015 contra agosto/2014, o contingente de trabalhadores foi reduzido nos 18 ramos pesquisados, com destaque para as pressões negativas vindas de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-14,4%), meios de transporte (-12,4%), outros produtos da indústria de transformação (-10,7%), produtos de metal (-10,3%) e máquinas e equipamentos (-10,2%).
Outras quedas menores que também são destaque do IBGE foram metalurgia básica (-7,8%), produtos têxteis (-7,4%), borracha e plástico (-7,4%), madeira (-6,6%), minerais não-metálicos (-6,2%), calçados e couro (-5,9%), vestuário (-5,7%), indústrias extrativas (-4,7%), papel e gráfica (-4,0%) e alimentos e bebidas (-3,3%).
Neste ano
No índice acumulado nos oito meses do ano, o emprego industrial mostrou queda de 5,6%, com taxas negativas nos 18 setores investigados. As contribuições negativas mais relevantes sobre a média nacional vieram de meios de transporte (-10,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-13,1%), produtos de metal (-10,5%), máquinas e equipamentos (-7,2%), alimentos e bebidas (-2,4%), outros produtos da indústria de transformação (-9,2%), vestuário (-5,4%), calçados e couro (-7,3%), metalurgia básica (-6,8%), papel e gráfica (-3,5%), produtos têxteis (-3,8%), borracha e plástico (-2,7%), minerais não-metálicos (-2,9%), indústrias extrativas (-4,6%) e refino de petróleo e produção de álcool (-5,4%).
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Número de horas mostra recuo
Em agosto de 2015, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, apontou recuo de 0,9% frente ao mês imediatamente anterior, sexta taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de 5,5%.
Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral mostrou redução de 0,9%, no trimestre encerrado em agosto de 2015, frente ao patamar assinalado no mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em maio de 2013.
Na comparação com igual mês do ano anterior, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria mostrou redução de 7,5% em agosto de 2015, 27ª taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde o início da série histórica.
O índice acumulado de janeiro a agosto de 2015 mostrou recuo de 6,2%, intensificando o ritmo de queda frente ao fechamento do primeiro semestre do ano (-5,8%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior.
O índice acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de -5,5% em julho para -5,8% em agosto, manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013 (-1,0%).
Em agosto de 2015, o número de horas pagas recuou 7,5%, no confronto com igual mês do ano anterior, com perfil disseminado de queda, já que os 18 ramos pesquisados apontaram redução.
As principais influências negativas vieram de meios de transporte (-14,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-13,9%), máquinas e equipamentos (-9,7%), produtos de metal (-10,5%), borracha e plástico (-10,5%), alimentos e bebidas (-2,7%), outros produtos da indústria de transformação (-11,7%), minerais não-metálicos (-7,3%), metalurgia básica (-11,3%), vestuário (-5,7%), produtos têxteis (-7,6%), calçados e couro (-7,4%), papel e gráfica (-4,6%), refino de petróleo e produção de álcool (-8,0%) e madeira (-8,4%).
No índice acumulado nos oito meses de 2015, houve recuo de 6,2% no número de horas pagas, com os 18 setores pesquisados apontando redução.
Os impactos negativos mais relevantes na média global da indústria foram verificados nos ramos de meios de transporte (-11,2%), produtos de metal (-10,8%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-12,2%), máquinas e equipamentos (-7,9%), alimentos e bebidas (-2,7%), outros produtos da indústria de transformação (-9,9%), calçados e couro (-9,3%), vestuário (-5,1%), metalurgia básica (-8,9%), borracha e plástico (-4,6%), minerais não-metálicos (-4,3%), papel e gráfica (-4,4%) e refino de petróleo e produção de álcool (-8,6%).
Os sinais de menor dinamismo também ficaram evidentes no confronto dos quatro primeiros meses do ano com o do período maio-agosto de 2015, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior, em que tanto o pessoal ocupado assalariado (de -4,8% para -6,4%) como o número de horas pagas na indústria (de -5,4% para -6,9%) acentuaram o comportamento negativo, acompanhando o movimento de queda observado na produção industrial, que passou de -6,3% para -7,5% nesse período.
Folha de pagamento real recua
Em agosto de 2015, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente recuou 1,3% frente ao mês imediatamente anterior, segundo resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período redução de 3,1%.
No índice desse mês, verifica-se a influência negativa da indústria de transformação (-0,9%), que permaneceu apontando taxas negativas pelo oitavo mês seguido, já que o setor extrativo mostrou expansão de 2,1%, após recuar 22,5% no mês anterior.
Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral para o total da indústria assinalou recuo de 0,6% no trimestre encerrado em agosto de 2015 frente ao patamar do mês anterior e prosseguiu com a trajetória descendente iniciada em fevereiro último.
O valor da folha de pagamento real recuou 8,4% no índice mensal de agosto de 2015, 15ª taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde maio último (-9,8%).
No índice acumulado para os oito meses de 2015, o valor da folha de pagamento real da indústria assinalou redução de 6,5%, ritmo de queda mais elevado do que o observado no primeiro semestre do ano (-6,2%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior.
A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao mostrar redução de 5,6% em agosto de 2015, apontou o resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica e permaneceu com a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2014 (1,6%).
Na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real mostrou queda de 8,4% em agosto de 2015, com resultados negativos nos 18 ramos investigados, com destaque para meios de transporte (-13,3%), alimentos e bebidas (-5,2%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-12,0%), máquinas e equipamentos (-5,8%), metalurgia básica (-11,5%), produtos de metal (-9,3%), borracha e plástico (-9,4%), outros produtos da indústria de transformação (-13,7%), papel e gráfica (-7,2%), produtos têxteis (-12,2%), minerais não-metálicos (-8,0%), produtos químicos (-4,4%), indústrias extrativas (-5,7%), calçados e couro (-11,9%), vestuário (-7,3%) e refino de petróleo e produção de álcool (-6,3%).
No índice acumulado nos oito meses de 2015, o valor da folha de pagamento real assinalou redução de 6,5%, com taxas negativas nas 18 atividades pesquisadas, pressionado, principalmente, pelas quedas vindas de meios de transporte (-11,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-11,7%), máquinas e equipamentos (-6,0%), alimentos e bebidas (-3,6%), produtos de metal (-10,5%), metalurgia básica (-9,6%), indústrias extrativas (-6,5%), borracha e plástico (-5,8%), outros produtos da indústria de transformação (-8,8%), calçados e couro (-9,7%), refino de petróleo e produção de álcool (-6,4%), papel e gráfica (-2,9%), minerais não-metálicos (-3,2%), produtos têxteis (-4,5%) e produtos químicos (-1,6%).