Futuro da OGX vai depender da paciência de credores, diz consultor

O consultor financeiro Eduardo Coutinho e coordenador do curso de administração do IBMEC de Minas Gerais ressalta que o futuro da petrolífera OGX está nas mãos dos credores.

— O credor é quem vai pontuar se prefere esperar para receber ou se espera a liquidação da empresa para por a mão nos ativos dela.

Na semana passada, a empresa entrou com um pedido de recuperação judicial. A companhia agora deve apresentar um plano nos próximos meses que deverá ser aprovado pelos credores.

Apesar da desvalorização de 96,92% das ações da OGX, a representante comercial, Elisangela Leitão, acredita na petrolífera, mesmo já tendo perdido mais de R$ 30 mil em papéis da companhia.

— Eu continuo com grande expectativa em relação à empresa... Não acredito que essa recuperação judicial seja um problema... Para mim, é mais um fôlego que a companhia está pedindo para poder quitar as contas.

As ações da OGX fazem parte da carteira de ações da representante comercial desde setembro do ano passado.

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Além da petrolífera, a representante comercial tem ações da Eletropaulo, Vale do Rio Doce e Suzano Papel e Celulose.

— Não quero ser exemplo para ninguém. Bolsa de valores é uma decisão que você estuda, olha e arrisca. Eu não me arrependo. Se eu tiver que perder, tenho outros ativos e investimentos como fundos imobiliários.

De acordo com Elisangela, a sua perspectiva de retorno em relação à OGX é para os próximos dez anos.

Para o consultor financeiro Eduardo Coutinho, ela está certa, pois a bolsa não é uma aplicação de curto prazo.

— Retornos altos são acompanhados de muitos riscos. No caso da bolsa, é mais volátil.