Gás de botijão terá aumento médio de 15% nas refinarias, diz Sindigás
De acordo com o sindicato, a Petrobras não reajustava os preços do botijão desde 2002
Economia|Do R7
A Petrobras informou às distribuidoras de gás que a partir desta terça-feira (1º) o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), também conhecido como gás de botijão, ficará em média 15% mais caro nas refinarias, de acordo com o Sindigás (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo).
De acordo com o sindicato, a Petrobras não reajustava os preços do botijão desde 2002. Como o reajuste de preços é nas refinarias, o aumento aos consumidores pode ser diferenciado, dependendo de fatores de mercado, custos, logística e distribuição.
"O Sindigás esclarece que, como os preços são livres em todos os elos da cadeia e o mercado tem autonomia para fixá-los, a alta do preço do produto nas refinarias aumenta a pressão de custos sobre o GLP para o consumidor final", afirmou o sindicato em nota.
Uma fonte da Petrobras afirmou que o impacto do aumento para o consumidor e a inflação serão "baixíssimos". A estimativa é de que, em média, o preço do botijão de 13 quilos ao consumidor suba entre 4% e 5%, ou cerca de R$ 2.
"Para formar preço final entram ainda impostos, isenções, margem de revenda, e achamos que o impacto para consumidor e para a inflação serão mínimos", afirmou a fonte em condição de anonimato.
O aumento faz parte da política de recomposição de preços da estatal, de acordo com a fonte, que garantiu que, por enquanto, "não há necessidade de mexer nos preços de diesel e de gasolina" no mercado interno.
A Petrobras importa de 30% a 35% do gás de botijão que atende o país.