O governo federal elevou o bloqueio do Orçamento de 2022 a R$ 14,8 bilhões. Nesta sexta-feira (29), um decreto de programação orçamentária e financeira, publicado no Diário Oficial da União, trouxe um novo contingenciamento de despesas, para adequar o Orçamento deste ano ao teto de gastos, regra que limita o crescimento dos dispêndios à inflação do ano anterior.
A equipe econômica divulgou que será necessário um corte adicional de R$ 6,739 bilhões. Na prática, porém, a tesourada nos ministérios será maior. Isso porque não foi aprovado no Congresso Nacional um projeto de lei que permitia manter bloqueados R$ 2,5 bilhões do Fundo de Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia (FNDCT). Então, o governo terá que desbloquear esses recursos e cortar em outros lugares.
Ao todo serão 14,8 bilhões. A esse valor, estão somados outros R$ 2,1 bilhões para despesas discricionárias consideradas inadiáveis e relevantes. Entram nesse grupo, por exemplo, créditos para o Ministério da Economia, seguro rural, INSS etc.
Em entrevista coletiva na segunda-feira, o secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago, disse que é "natural" que o contingenciamento seja maior para Saúde e Educação porque são pastas com maiores orçamentos do governo.