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Governo vai endurecer fiscalização de influenciadores de investimentos

Órgão que regula o mercado de capitais solicitou dados dos usuários de uma comunidade do setor financeiro

Economia|

CVM vai apertar a fiscalização de influenciadores
CVM vai apertar a fiscalização de influenciadores CVM vai apertar a fiscalização de influenciadores

Desde a última quarta-feira (31), a comunidade do setor financeiro no Twitter, batizada há alguns anos de Fintwit, está agitada. Dezenas de usuários receberam um comunicado da rede social informando que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), órgão do Ministério da Economia que regula o mercado de capitais, havia solicitado os dados dos usuários das contas para uma investigação.

O sinal da solicitação é que haverá fiscalização mais rigorosa nas redes por parte da autarquia, na esteira do aumento do número de postagens com dicas relativas a investimentos na Bolsa nos últimos anos.

Além disso, recentemente a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) fez um estudo sobre a Fintwit e seu alcance e identificou ao menos 266 influenciadores que, juntos, têm uma base de 74 milhões de seguidores.

Uma fonte com conhecimento no assunto afirmou que o pedido ao Twitter faz parte de um conjunto de práticas que busca ampliar a fiscalização das redes pela CVM e que a ação não é uma cruzada contra esse grupo, e sim uma forma de atuar onde pode haver problemas e prover segurança aos investidores que buscam informações na rede.

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A sinalização de que esse era um assunto prioritário para a CVM já havia sido dada pelo ex-presidente Marcelo Barbosa, que deixou a autarquia em julho, depois de cinco anos. Ele disse que, embora o trabalho de influenciadores fosse importante, havia riscos, como pessoas que dão conselhos de investimento sem serem analistas certificados ou que usam as redes para manipular o mercado.

Alguns influenciadores, porém, questionaram a veracidade do pedido feito pela CVM ao Twitter, que incluía dados como CPF e endereço. Procurada, a autarquia confirmou a ação e disse tratar-se de um "trabalho de supervisão temática, no âmbito do Plano de SBR (Supervisão Baseada em Risco) e da SMI (Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários), que envolve a atuação de influenciadores digitais nos mercados regulamentados pela autarquia, aprovada recentemente pelo colegiado da CVM".

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