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Guerra entre Rússia e Ucrânia afeta comércio de alimentos, avalia FMI

Cerca de 30 países restringiram o comércio de alimentos, energia e outras commodities após início do conflito, mostra monitoramento

Economia|

Só cooperação internacional será capaz de atenuar problemas globais, diz FMI
Só cooperação internacional será capaz de atenuar problemas globais, diz FMI Só cooperação internacional será capaz de atenuar problemas globais, diz FMI

Desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, cerca de 30 países restringiram o comércio de alimentos, energia e outras commodities, aponta monitoramento do FMI (Fundo Monetário Internacional). O momento atual é descrito como o maior teste para a economia global desde a 2ª Guerra, com o conflito no Leste Europeu sendo mais um componente na crise gerada pela pandemia de Covid-19.

Leia mais: Guerra faz FMI rebaixar previsões de crescimento da Europa

O FMI destaca que apenas a cooperação internacional será capaz de atenuar problemas globais como "a escassez de alimentos, eliminar as barreiras ao crescimento e salvar o clima". O texto é assinado pela diretora-gerente do Fundo, Kristalina Georgieva; Gipa Gopinath, vice-diretora-gerente; e Ceyla Pazarbasioglu, diretora de estratégia, política e revisão.

"Custos de uma maior desintegração econômica seriam enormes entre os países", de acordo com o Fundo. Para economias avançadas, a fragmentação traria mais inflação, e a produtividade seria prejudicada com o rompimento de parcerias com outras nações. O FMI estima que apenas a fragmentação tecnológica possa levar a perdas de 5% do PIB para muitos países.

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Redução de barreiras comerciais aliviaria a escassez e o preço dos alimentos
Redução de barreiras comerciais aliviaria a escassez e o preço dos alimentos Redução de barreiras comerciais aliviaria a escassez e o preço dos alimentos

Para os países em desenvolvimento, as exportações seriam dificultadas por uma reconfiguração nas cadeias de suprimentos e pelas barreiras a novos investimentos. O texto aponta ainda para novos custos de transações, que surgiriam se os países tivessem que desenvolver sistemas de pagamento independentes. A alternativa para não se render à fragmentação geoeconômica é reformular a forma de cooperação entre as economias, indicam as diretoras do FMI.

Sem barreiras

Como primeiro passo para essa renovação, estaria a necessidade de fortalecer o comércio para aumentar a resiliência do sistema global. A redução de barreiras comerciais aliviaria a escassez e baixaria o preço dos alimentos, indica o Fundo, alertando que não só países mas empresas também precisam diversificar suas exportações.

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Além disso, outra prioridade seria intensificar os esforços conjuntos para lidar com a dívida de países. "Com cerca de 60% dos países de baixa renda com vulnerabilidades significativas, alguns precisarão de reestruturação da dívida."

Em terceiro lugar, a modernização dos pagamentos internacionais é vista como forma de garantir o crescimento. Uma possível solução, indica o FMI, seria o esforço para desenvolver uma plataforma digital pública de infraestrutura para pagamentos — inclusive conectando os sistemas com as moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs, na sigla em inglês).

O artigo se encerra recomendando o enfrentamento das mudanças climáticas, classificadas como "desafio existencial que está acima de tudo". A diferença entre os compromissos firmados e a adoção de políticas precisa ser reduzida, apontam as autoras, que defendem formas de precificar a emissão de carbono combinadas com investimentos em energias renováveis e compensação aos mais afetados pelas mudanças climáticas.

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